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Mao Tsé-tung, líder do movimento revolucionário, modernizou o local
Praça Tiananmen é símbolo
do poder comunista no país
das agências internacionais
A praça Tiananmen, em Pequim, é o coração simbólico do
poder comunista na China e tem
uma história marcada por revoluções e derramamento de sangue.
Em um dia normal, é frequentada por pessoas que vão ali para
passear e empinar pipas coloridas sobre o imenso espaço aberto
ladeado por construções stalinistas da nova República Popular
chinesa.
A repressão militar de 1989, na
qual centenas de manifestantes
pró-democracia foram mortos
por tanques e armas do governo,
foi uma das muitas convulsões
políticas cujo epicentro foi a
grande praça.
"No coração do povo, Tiananmen é um ponto de reunião, um
lugar onde muita coisa já aconteceu e que evoca muitas memórias", disse Wang Changjun, editor do livro recém-publicado
"Registro de Tiananmen por
uma Testemunha".
Desde sua construção, no ano
de 1417, o portal Tiananmen, ou
portal da Paz Celestial, guarda a
entrada sul da Cidade Proibida, o
antigo palácio imperial de Pequim. Diante do portão ornamentado de 33,7 metros de altura
se estende a praça que iria tornar-se o epicentro de uma revolução liderada por intelectuais
após o final da Primeira Guerra
Mundial.
No dia 4 de maio de 1919, cerca
de 3.000 jovens patriotas chineses foram às ruas para protestar
contra a humilhação internacional da China, desencadeando
uma série de manifestações que
acabaram levando o governo a
renegar o tratado de Versalhes,
que pusera fim à guerra.
Mas a praça moderna foi obra
de Mao. Na década de 50, ele ordenou o nivelamento das vielas
que ficavam diante do portão,
criando um passeio público de
440 mil metros quadrados, capaz
de abrigar até 1 milhão de pessoas.
Durante o caos da Revolução
Cultural, entre 1966 e 1976, o
portal, dominado por um imenso retrato de Mao, virou posto de
observação das marchas dos
Guardas Vermelhos, que às vezes
incluíam mais de 1 milhão de integrantes.
A morte, em janeiro de 1976, do
popular premiê Zhou En Lai, visto como moderador dos excessos
de Mao, foi recebida com pesar
público que acabou se expressando em tumultos. Milhares de
pessoas lotaram a praça em abril
daquele ano, durante os tradicionais ritos da primavera em homenagem aos mortos.
No final dos anos 70, manifestantes se reuniram na praça para
protestar contra a repressão promovida pelos governos que sucederam ao de Mao.
Hoje em dia, muitos chineses
do interior, quando visitam Pequim, consideram indispensável
tirar uma foto diante do retrato
de Mao.
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