DA REDAÇÃO

O ex-premiê francês Dominique de Villepin foi acusado ontem de "cumplicidade em calúnia, ocultação de roubo e abuso de confiança" durante o julgamento do escândalo político-financeiro Clearstream, que tinha como objetivo atingir o presidente Nicolas Sarkozy, então Ministro do Interior.
De Villepin foi colocado sob monitoramento judicial e está proibido de se encontrar com alguns dos pivôs do escândalo, como o ex-presidente Jacques Chirac.
O acusado apelou contra a ordem de controle judicial, que também prevê uma fiança de 200 mil.
"Quero reiterar que em nenhum momento solicitei uma investigação sobre personalidades políticas", afirmou De Villepin.
O caso começou em 2004, quando várias personalidades foram acusadas de receber propinas da empresa Clearstream, de Luxemburgo, em uma venda de fragatas francesas a Taiwan. O nome de Sarkozy apareceu na lista, mas as investigações apontaram que ela foi fabricada com fins políticos.
Ele é acusado de ter encomendado investigações paralelas, fora de qualquer marco jurídico. Já Sarkozy acredita que foi vítima de uma conspiração destinada a sabotar sua carreira, e não ocultou suas suspeitas sobre Villepin, seu rival na direita.