RENATO FRANZINI
de Nova York

Uma onda de calor que atinge os EUA há uma semana causou até ontem a morte de pelo menos 30 pessoas, segundo autoridades de vários Estados.
As mortes aconteceram nos últimos sete dias nos Estados de Illinois (11), Missouri (9), Ohio (8) e Carolina do Norte (2). Ontem à tarde, um garoto de 12 anos estava internado em estado crítico em Oklahoma City -ficou com insolação durante um treino de futebol americano.
A onda de calor atinge áreas do Meio-Oeste à Costa Leste e alertas de calor excessivo foram dados ontem em seis Estados pelo Serviço Nacional de Meteorologia (SNM).
O SNM previa ontem que tempestades aliviassem o calor em algumas áreas, mas que as temperaturas continuariam elevadas pelos próximos cinco dias.
O alerta de calor é dado quando uma combinação de alta temperatura com alta umidade ameaça a saúde de parte considerável da população, segundo o SNM.
Quando um alerta de calor é dado, a população é aconselhada a ficar em local com ar-condicionado e a tomar medidas para baixar a temperatura do corpo.
Isso acontece porque a principal causa de morte em ondas de calor é a insolação.
Devido à umidade, a vítima perde a capacidade de controlar sua temperatura pelo suor. A temperatura do corpo sobe e causa danos no cérebro e até a morte.
Segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa), cerca de 200 pessoas morrem por ano nos EUA devido ao calor.
Em Oeste Peoria, Illinois, um vizinho encontrou no sábado o corpo de Helen Lane, 82. Todas as janelas de sua casa estavam fechadas, o ar-condicionado quebrado e a temperatura interna era de 38,9C.
Cinco das vítimas encontradas em Cincinnati (Ohio) foram achadas em casas com temperaturas de cerca de 37C.
Em Chicago (Illinois), a temperatura caiu ontem para pouco menos de 30C, mas deve voltar a subir hoje.


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