São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006

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Líder do Hizbollah lamenta seqüestro de israelenses que deflagrou a guerra

DA REDAÇÃO

O líder do grupo xiita Hizbollah, Hassan Nasrallah, admitiu que não esperava a magnitude da reação de Israel ao seqüestro de dois de seus soldados e que não teria ordenado a operação se soubesse que ela deflagraria uma guerra. Na primeira grande entrevista após o cessar-fogo, Nasrallah disse ainda que há contatos com Israel para a troca de prisioneiros.
O ataque do Hizbollah em território israelense no dia 12 de julho, no qual três soldados foram mortos e dois capturados, foi o estopim para a guerra, que durou 34 dias, deixou mais de mil mortos e grande destruição no Líbano, principalmente no sul do país.
"Nós não pensamos, nem em um por cento, que a captura levaria à guerra neste momento e com esta magnitude", disse Nasrallah à emissora de TV New Lebanon, admitindo que, se soubesse que o seqüestro levaria à guerra, não teria ordenado sua execução. "Absolutamente não."
Segundo o líder xiita, as negociações entre o Hizbollah e Israel para a troca dos dois soldados seqüestrados por prisioneiros libaneses estão em andamento. "Os israelenses entenderam que esse é um assunto para negociações e uma troca [de prisioneiros]", disse Nasrallah. Segundo ele, as Nações Unidas e a Itália manifestaram interesse em ajudar nas negociações.
O governo de Israel negou que esteja mantendo contatos com o Hizbollah para a troca de prisioneiros e reiterou sua política de não negociar com "terroristas".

Missão da ONU
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que recebeu uma promessa do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, de que a força multinacional destacada para garantir o cessar-fogo estará no sul do Líbano dentro de uma semana. Itália e França irão comandar a missão, que terá 15 mil homens.


Com agências internacionais


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