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Líder do Hizbollah lamenta seqüestro de israelenses que deflagrou a guerra
DA REDAÇÃO
O líder do grupo xiita Hizbollah, Hassan Nasrallah, admitiu
que não esperava a magnitude
da reação de Israel ao seqüestro
de dois de seus soldados e que
não teria ordenado a operação
se soubesse que ela deflagraria
uma guerra. Na primeira grande entrevista após o cessar-fogo, Nasrallah disse ainda que há
contatos com Israel para a troca de prisioneiros.
O ataque do Hizbollah em
território israelense no dia 12
de julho, no qual três soldados
foram mortos e dois capturados, foi o estopim para a guerra,
que durou 34 dias, deixou mais
de mil mortos e grande destruição no Líbano, principalmente
no sul do país.
"Nós não pensamos, nem em
um por cento, que a captura levaria à guerra neste momento e
com esta magnitude", disse
Nasrallah à emissora de TV
New Lebanon, admitindo que,
se soubesse que o seqüestro levaria à guerra, não teria ordenado sua execução. "Absolutamente não."
Segundo o líder xiita, as negociações entre o Hizbollah e
Israel para a troca dos dois soldados seqüestrados por prisioneiros libaneses estão em andamento. "Os israelenses entenderam que esse é um assunto para negociações e uma troca [de prisioneiros]", disse Nasrallah. Segundo ele, as Nações
Unidas e a Itália manifestaram
interesse em ajudar nas negociações.
O governo de Israel negou
que esteja mantendo contatos
com o Hizbollah para a troca de
prisioneiros e reiterou sua política de não negociar com "terroristas".
Missão da ONU
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que recebeu uma promessa do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, de que a força multinacional destacada para garantir o
cessar-fogo estará no sul do Líbano dentro de uma semana.
Itália e França irão comandar a
missão, que terá 15 mil homens.
Com agências internacionais
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