São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Mais fraco, furacão Irene chega aos EUA

Ventos de 137 km/h atingiram a Carolina do Norte; cerca de 1 milhão de casas ficaram sem luz e 9 pessoas morreram

Irene alcançaria Nova York na noite de ontem ou manhã de hoje; a capital, Washington, poderá ser atingida

ÁLVARO FAGUNDES
VERENA FORNETTI

DE NOVA YORK
LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O furacão Irene chegou na manhã de ontem aos EUA, com menos força que nos dias anteriores, mas ainda trazendo riscos de fortes inundações, quedas de árvores e falta de energia para uma região que inclui Estados com grande população.
Pelo menos nove pessoas morreram na Carolina do Norte e na Virgínia, uma delas um garoto de 11 anos.
O furacão chegaria entre ontem à noite e hoje de manhã a Nova York. A cidade suspendeu o metrô.
Devido a uma mudança no curso, a capital, Washington, também poderia ser afetada.
Ao entrar no país, o Irene tinha velocidade de 137 km/h, o que o coloca na categoria menos intensa na escala dos furacões.
Ao menos 1 milhão de residências ficaram sem luz.
O presidente americano, Barack Obama, que encurtou suas férias para voltar a Washington, declarou estado de emergência em seis Estados.
Pelo menos 2,3 milhões de pessoas receberam ordem de retirada de suas áreas pelos riscos de inundação.
Na cidade de Nova York, a ordem era que 373 mil pessoas fossem para casas de parentes e amigos ou buscassem os abrigos públicos, segundo a prefeitura.
A estimativa oficial na manhã de ontem era que apenas 1.400 pessoas tinham ido para os abrigos, mas esse número deveria crescer - eles estão preparados para receber 70 mil pessoas.
"Ficar é perigoso, ficar é bobagem, e é contra a lei", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em entrevista realizada em Coney Island. "A hora de sair é agora", acrescentou.

FILAS
Até por volta das 11h (12h no horário de Brasília), havia ainda muitas pessoas nas ruas de Nova York, as filas nos mercados eram intensas (biscoitos, água e pilha eram produtos difíceis de serem encontrados) e parte do comércio nem abriu suas portas, como a Bloomingdale's, um dos destinos favoritos dos brasileiros.
"Não acho que vá ser assim tão ruim. Amanhã não vou sair de casa, mas hoje parece que vai ficar tudo bem", afirmou Cecilia Clearwater, 36, que caminhava pelas ruas de Manhattan tranquilamente com seu bebê.
Já o alfaiate Reza Nasser, 65, disse que iria para casa pela manhã de ontem e não sairia mais. "Ninguém sabe o que vai acontecer, está todo mundo com medo."
Em Washington, repleta de turistas nesta época, o governo local declarou emergência e ordenou à população que preparasse kits de fuga e se protegesse, embora a cidade não esteja na rota inicial do furacão.


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