São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Índia aceita lei anticorrupção e ativista encerra greve de fome

Anna Hazare, comparado a Gandhi, fazia jejum havia 12 dias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Parlamento indiano concordou em adotar medidas mais duras contra a corrupção no país, fazendo o ativista Anna Hazare, 74, anunciar o fim de sua greve de fome que já durava 12 dias.
Após quase nove horas de debate, o ministro das Finanças, Pranab Mukherjee, disse que os congressistas apoiavam a ideia defendida por Hazare de criar uma lei anticorrupção mais forte do que a proposta pelo governo.
Com o anúncio, Hazare encerra sua greve de fome hoje pela manhã, segundo discurso que fez a milhares de pessoas que acompanhavam sua campanha em uma praça na capital Nova Déli.
O ativista, que defende protestos sem violência, perdeu 7 kg no período que ficou sem comer e já apresentava danos no fígado. Ele se recusava também a aceitar a sugestão dos médicos de receber alimentação intravenosa.
Comparado a Mahatma Gandhi, Hazare e seus apoiadores exigiam que o Parlamento aceitasse implementar uma lei que valesse para todos os níveis da administração pública e partes do país e incluísse uma carta de defesa de direitos dos cidadãos.
"Sinto que essa é uma vitória do país", disse ele. "Mas apenas metade da batalha foi vencida, ainda há uma parte dela para vencermos".
Contrariando as expectativas dos que apoiam a campanha de Hazare, ainda não ocorreu a votação de nenhum projeto sobre o tema no Parlamento.
Um dos pontos mais polêmicos a ser votado é a submissão de membros do sistema judiciário e do gabinete do primeiro-ministro, Manmohan Singh, a uma autoridade que acompanhasse de perto os atos de corrupção.
A Índia ocupa o 87º lugar no ranking de países mais corruptos da organização Transparência Internacional, de acordo com pesquisa realizada em 2010.


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