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Bush receberá mais US$ 70 bi para guerra contra terror
France Presse
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Bombeiro remove destroços após bomba explodir no Iraque |
Com aprovação da Câmara, gastos no Iraque e no Afeganistão encostam em meio trilhão
Democratas afirmam que há relatório "oculto" sobre Iraque; projeto de lei sobre tribunais e interrogatório
é aprovado sob críticas
DA REDAÇÃO
Apesar da forte divisão na
Câmara dos Representantes
(deputados) dos EUA em relação aos rumos da Guerra do
Iraque, os parlamentares aprovaram anteontem o aporte de
US$ 70 bilhões para as operações militares no país do Oriente Médio e no Afeganistão. O dinheiro é parte do Orçamento
aprovado para a Defesa: US$
448 bilhões, um recorde.
A aprovação ocorre dias antes de os congressistas deixarem Washington para a campanha pela eleição de novembro e
em meio à discussão sobre o relatório sigiloso do governo que
concluiu que a Guerra do Iraque agravou a ameaça terrorista. A ofensiva, cada vez mais
impopular, é hoje a face mais
visível da divisão entre republicanos e democratas.
Pesquisa recente do Gallup
mostra que, apesar das tentativas do governo de culpar o ex-presidente democrata Bill
Clinton pela não-captura do
terrorista Osama bin Laden, a
maioria dos americanos considera que o republicano Bush é o
culpado -53% contra 36%.
O Orçamento da Defesa deve
ser votado pelo Senado ainda
nesta semana. Serão destinados US$ 378 bilhões aos principais programas -excluídas as
operações no Iraque e no Afeganistão-, um crescimento de
5%. Só a ação no Iraque custa
US$ 8 bilhões ao mês.
Relatório
A divulgação nesta semana
do relatório sigiloso que concluiu que a ofensiva no Iraque
"está formando uma nova geração de líderes terroristas" acirrou os ânimos no Congresso.
Com a série de discursos de
Bush para marcar os cinco anos
do 11 de Setembro, os republicanos estavam mais confiantes
em relação às eleições. O relatório, porém, deu novos argumentos para os democratas.
Parlamentares da oposição
questionaram o governo sobre
outro relatório, focado apenas
no Iraque. Eles acusaram os republicanos de tentar ocultá-lo
até as eleições. A Casa Branca
diz que ele não está pronto.
Interrogatório
Apesar das objeções de democratas e até de republicanos,
o governo obteve uma vitória
ontem, com a aprovação na Câmara, por 253 a 168, de projeto
sobre métodos de interrogatório de suspeitos de terrorismo e
procedimentos para julgamentos na base de Guantánamo.
Líderes democratas, que se
referem ao projeto como "lei da
tortura", afirmam que a legislação permitirá deter suspeitos
por tempo indefinido, sem acusação formal, e pode permitir
maus-tratos. Para eles, a Suprema Corte derrubará a lei. O governo alega que os suspeitos terão seus direitos garantidos.
Com agências internacionais
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