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Medo leva famílias a deixar cidade
DA ENVIADA ESPECIAL
Belém, reocupada há pouco
mais de uma semana por Israel,
está muito diferente da cidade escolhida para ser o cartão-postal
palestino: ruas vazias, prédios danificados e lojas fechadas. Uma
barreira militar impede o acesso à
cidade. Só entram soldados e jornalistas.
Logo depois da barreira, um
"estacionamento" de tanques e
soldados de prontidão indicam a
deterioração do processo de paz
israelo-palestino.
A maioria das famílias deixou a
cidade em razão da violência e da
falta de água e luz. De Belém, milícias palestinas atingem o bairro
judeu de Gilo, na periferia de Jerusalém, construído em área ocupada por Israel em 1967.
Campos de refugiados da cidade abrigam terroristas do Hamas
e da Jihad Islâmica, facções extremistas que enviam os homens-bomba que fazem atentados contra civis israelenses.
A avenida principal, que leva ao
centro da cidade, não pode ser
usada, explicam os motoristas de
táxi palestinos que têm um ponto
depois da barreira militar. Na falta de passageiros, eles transportam "de forma segura", contornando a rua principal, jornalistas
até as proximidades do Hotel Paradise, tomado pelo Exército.
O comerciante Basseh Dejani,
ex-vizinho do Hotel Paradise, disse que a mulher e os oito filhos
saíram de casa com a roupa do
corpo e estão morando em uma
fábrica nos arredores da cidade.
Por volta das 10h30, a 500 m do
Hotel Paradise, na rua principal,
tanques israelenses chegaram, e
começou troca de tiros com os palestinos do campo de Asa. Os
poucos moradores que estavam
na rua se esconderam atrás de um
muro. "Espero que esse inferno
acabe logo para voltarmos à vida
normal", disse o comerciante Dejani, que vende portas de madeira
fabricadas no Brasil.
(GA)
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