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O IMPÉRIO VOTA - RETA FINAL
Democrata diz que republicano não cumpre papel como comandante-em-chefe; Bush menciona sumiço de material no Iraque pela 1ª vez
Kerry e Bush se atacam sobre explosivos
DA REDAÇÃO
O sumiço de 350 toneladas de
explosivos no Iraque tornou-se
ontem o principal assunto da
campanha eleitoral nos EUA. O
candidato democrata à Presidência, John Kerry, disse que os americanos merecem respostas, não
ataques políticos, sobre os explosivos, após George W. Bush acusá-lo de fazer "acusações loucas".
"Você não vigiou o depósito de
munições, e agora nossos soldados estão correndo mais riscos.
Essa é a verdade", disse Kerry em
Minnesota, trazendo o assunto à
tona pelo terceiro dia consecutivo. "Nossos soldados estão fazendo um trabalho heróico. O presidente, o comandante-em-chefe,
não está cumprindo seu papel."
Kerry se referia ao sumiço de
350 toneladas de explosivos de
instalações militares situadas perto de Bagdá após o início da Guerra do Iraque, em março de 2003.
Suas observações foram uma resposta a comentários de Bush feitos mais cedo na Pensilvânia.
"Um candidato político que
chega a conclusões apressadas
sem saber dos fatos não é uma
pessoa que você quer ter como
seu comandante-em-chefe", disse
Bush, em sua primeira alusão ao
episódio desde que informações
sobre os explosivos desaparecidos se tornaram públicas, na última segunda-feira.
Funcionários do governo Bush
disseram que é possível que os explosivos tenham sido removidos
antes da invasão do Iraque.
Kerry afirmou que o caso do sumiço do material era o "maior
exemplo" do fracasso de Bush como comandante-em-chefe.
"Senhor presidente, pelo bem
de nossos corajosos soldados e
soldadas, pelo bem das tropas que
estão em perigo, por causa de suas
decisões equivocadas, você deve
aos americanos respostas reais
sobre o que aconteceu, não apenas ataques políticos", disse o senador de Massachusetts.
No Iraque, soldados britânicos
começaram a deixar Basra em direção a uma área próxima a Bagdá. O objetivo da mobilização, pedida pelos EUA, é muito provavelmente o de liberar soldados
americanos no local para que eles
possam participar de uma ofensiva contra rebeldes em Fallujah.
"A mobilização começou", disse um porta-voz do Ministério da
Defesa britânico. "Por razões operacionais, não posso dar mais detalhes. Mas [os 850 soldados] estarão de volta até o Natal."
Mas o premiê britânico, Tony
Blair, disse em Londres não poder
garantir que outras mobilizações
não sejam necessárias.
Fontes ligadas à operação em
Fallujah disseram ao jornal "The
New York Times" que milhares
de soldados e fuzileiros navais
americanos, acompanhados de
milhares de soldados e policiais
iraquianos recém-treinados, atacariam a cidade a partir de vários
pontos, usando artilharia, tanques e morteiros contra posições
do movimento de insurgência. A
data do ataque não foi revelada.
Seqüestradores já capturaram
dezenas de estrangeiros desde
abril em uma campanha para tentar forçar tropas americanas a
deixar o Iraque. Mais de 35 reféns
já foram mortos.
Um segundo vídeo da refém de
origem britânica, irlandesa e iraquiana Margaret Hassan, chefe de
operações da organização humanitária Care International no Iraque, foi divulgado ontem.
As imagens mostradas pela rede
de TV Al Jazira mostravam Hassan pedindo ao Reino Unido que
retire suas tropas do Iraque e liberte prisioneiras iraquianas.
"Por favor, não tragam os soldados para Bagdá. Leve-os embora.
Por favor, soltem as mulheres
presas no Iraque", disse Hassan.
O pai do japonês seqüestrado
Shosei Koda, 24, pediu na TV que
os captores soltem seu filho.
A apresentadora de TV Leqaa
Abdul Razzaq e o diplomata Qusay Mehdi Saleh foram mortos
ontem em Bagdá. O grupo rebelde Exército Islâmico assumiu a
autoria do assassinato de Saleh.
Com agências internacionais
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