São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Epidemia de cólera mata 303 em uma semana no Haiti

Organização Pan-Americana da Saúde diz que doença permanecerá por anos no país

DE SÃO PAULO

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) afirmou ontem que a epidemia de cólera no Haiti se propaga em "velocidade explosiva".
Contabilizando 303 mortes e 4.722 internações em uma semana, a epidemia ainda não atingiu o seu pico.
"Esperamos uma propagação muito rápida. Vamos conviver com casos durante anos e necessitamos de um plano de longo prazo", afirmou Jon Andrus, da OPS.
O índice de mortalidade da doença caiu recentemente de 10% para 7% dos infectados.
Segundo Claire-Lise Chaignat, coordenadora do grupo especial de luta contra o cólera da OMS (Organização Mundial da Saúde), apesar da queda, o índice de mortos continua alto. O máximo aceito pela OMS é 1%.
A ONU se prepara para que a doença se transforme em uma pandemia, disseminada por todo país, inclusive nos acampamentos onde estão 1,3 milhão de desabrigados na região de Porto Príncipe.
Mesmo assim, o cronograma das eleições de 28 de novembro não foi alterado, segundo o general Luiz Paul Cruz, comandante-geral da ONU no Haiti.
"Nossas tropas estão se preparando para levar os doentes para dez centros especializados, oito hospitais e 80 centros de saúde em Porto Príncipe e, se necessário, construir mais centros."
Ele disse que não permitirá a repetição de cenas de terremoto de 12 de janeiro -quando militares brasileiros prestaram os primeiros socorros a milhares de feridos que bateram nas portas do batalhão.
A diferença é que agora existe o risco de contágio para as tropas.

FRONTEIRAS
Já são seis os países que adotaram medidas para impedir a entrada de haitianos contaminados pelo cólera: Colômbia, Equador, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela.
A OMS disse que, embora não tenham sido detectados casos na vizinha República Dominicana, a chegada da doença ao país é inevitável.


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