São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Ação contra russo reduz spam no mundo

Desde o final de 2009, cerca de 40 bilhões de mensagens de propaganda deixaram de circular diariamente

Igor Gusev, financiador da atividade, está sendo investigado na Rússia; polícia do país afirma que ele pode ter fugido

ANDREW E. KRAMER
DO "NEW YORK TIMES"

Você talvez não tenha notado, mas, desde o final do ano passado, o suprimento de anúncios de Viagra e outras formas de spam via e-mail caiu em um quinto.
Com 200 bilhões de mensagens de spam em circulação a cada dia, ainda resta muito lixo eletrônico.
Mas policiais da Rússia, um grande centro exportador de spam, afirmam que estão tentando fazer sua parte para estancar esse fluxo.
Na terça-feira, policiais em Moscou anunciaram uma investigação criminal contra um suspeito de liderar uma operação de spam, Igor Gusev. Disseram que é provável que ele tenha fugido do país.
As autoridades policiais de Moscou informaram que Gusev, 31, tinha papel central nas operações da SpamIt.com, que pagava a distribuidores de spam para promover drogarias on-line. A SpamIt.com suspendeu subitamente as suas operações em 27 de setembro.
Com menos incentivo financeiro para enviarem sua correspondência eletrônica não solicitada, os praticantes de spam reduziram suas atividades diárias de envio de lixo eletrônico.
A decisão das autoridades de agir contra a operação é surpreendente, considerando a passividade da Rússia quanto ao crime on-line.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, está tentando expandir e legitimar a internet e pôr fim à reputação do país como parque de diversões para hackers, pornógrafos e criadores de vírus.
A polícia acusou Gusev de operar uma drogaria sem licença e de não registrar formalmente a empresa. Na terça-feira, conduziu uma busca em seu apartamento e escritório em Moscou.
O advogado de Gusev, Vadim Kolosov, informou, em entrevista por telefone, que seu cliente não era o dono da SpamIt.com e que jamais havia enviado spam eletrônico.
A Kaspersky Lab, uma produtora de antivírus sediada em Moscou, informou que houve queda perceptível no volume de e-mails distribuídos para veicular medicamentos vendidos sob receita.
Nos Estados Unidos, a proporção caiu para cerca de 41% do total de mensagens de spam, no final de setembro, ante 65%, no começo do mês. Os números são comparáveis na Europa Ocidental, segundo a companhia.
Acredita-se que muitos dos produtos farmacêuticos vendidos por meio de sites promovidos por spam sejam falsificados.
Em um dia típico, o spam responde por cerca de 90% de todo o tráfego de e-mail na internet.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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