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Ação contra russo reduz spam no mundo
Desde o final de 2009, cerca de 40 bilhões de mensagens de propaganda deixaram de circular diariamente
Igor Gusev, financiador da atividade, está sendo investigado na Rússia; polícia do país afirma que ele pode ter fugido
ANDREW E. KRAMER
DO "NEW YORK TIMES"
Você talvez não tenha notado, mas, desde o final do
ano passado, o suprimento
de anúncios de Viagra e outras formas de spam via e-mail caiu em um quinto.
Com 200 bilhões de mensagens de spam em circulação a cada dia, ainda resta
muito lixo eletrônico.
Mas policiais da Rússia,
um grande centro exportador de spam, afirmam que estão tentando fazer sua parte
para estancar esse fluxo.
Na terça-feira, policiais em
Moscou anunciaram uma investigação criminal contra
um suspeito de liderar uma
operação de spam, Igor Gusev. Disseram que é provável
que ele tenha fugido do país.
As autoridades policiais de
Moscou informaram que Gusev, 31, tinha papel central
nas operações da SpamIt.com, que pagava a distribuidores de spam para promover drogarias on-line.
A SpamIt.com suspendeu
subitamente as suas operações em 27 de setembro.
Com menos incentivo financeiro para enviarem sua
correspondência eletrônica
não solicitada, os praticantes
de spam reduziram suas atividades diárias de envio de lixo eletrônico.
A decisão das autoridades
de agir contra a operação é
surpreendente, considerando a passividade da Rússia
quanto ao crime on-line.
O presidente russo, Dmitri
Medvedev, está tentando expandir e legitimar a internet e
pôr fim à reputação do país
como parque de diversões
para hackers, pornógrafos e
criadores de vírus.
A polícia acusou Gusev de
operar uma drogaria sem licença e de não registrar formalmente a empresa. Na terça-feira, conduziu uma busca em seu apartamento e escritório em Moscou.
O advogado de Gusev, Vadim Kolosov, informou, em
entrevista por telefone, que
seu cliente não era o dono da
SpamIt.com e que jamais havia enviado spam eletrônico.
A Kaspersky Lab, uma produtora de antivírus sediada
em Moscou, informou que
houve queda perceptível no
volume de e-mails distribuídos para veicular medicamentos vendidos sob receita.
Nos Estados Unidos, a proporção caiu para cerca de
41% do total de mensagens
de spam, no final de setembro, ante 65%, no começo do
mês. Os números são comparáveis na Europa Ocidental,
segundo a companhia.
Acredita-se que muitos
dos produtos farmacêuticos
vendidos por meio de sites
promovidos por spam sejam
falsificados.
Em um dia típico, o spam
responde por cerca de 90%
de todo o tráfego de e-mail na
internet.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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