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Venezuelano reage a queda em pesquisa
DE CARACAS
Em situação fragilizada segundo vários institutos de
pesquisa, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, intensificou sua participação
eleitoral nos últimos dois
dias. Ao todo, foram seis
eventos públicos transmitidos ao vivo por canais estatais nesse período, todos
com longos discursos em favor de sua proposta de reforma constitucional, que será
submetida a um referendo
neste domingo.
Ontem à tarde, Chávez encabeçou um ato de homenagem ao aniversário de 15
anos de uma tentativa de golpe de Estado militar contra o
então presidente Carlos Andrés Perez, no ano de 1992,
organizada por oficiais da
Aeronáutica.
Chávez não teve participação direta -na época, estava
preso por ter protagonizado
outra tentativa de golpe, em
fevereiro do mesmo ano.
Horas antes, durante ato
de campanha com militantes
mulheres, Chávez fez um duro discurso contra a oposição, voltando a acusá-la de
"lacaio do império" e de planejar o seu assassinato.
Estranha luz
O presidente venezuelano
afirmou que, durante um ato
recente de campanha, "uma
estranha luz" foi apontada
contra o seu corpo "por aqui,
onde está o coração".
Chávez disse ter enviado a
fita para o aliado cubano, Fidel Castro, que, após análise,
concluiu "que foi um franco-atirador que não disparou
porque pode ter se assustado
no momento definitivo".
Sobre a votação deste domingo, o presidente venezuelano previu a vitória do
"sim" à reforma e o rechaço
da oposição em aceitar o resultado: "Vão dizer que fizemos fraude e estão preparando os distúrbios e a violência.
Nós tentaremos neutralizá-los e estamos fazendo todo o
possível".
Chávez também anunciou
a prisão do suposto assassino
de um trabalhador de 19
anos, morto anteontem
quando tentava furar um
bloqueio de manifestantes
contra a reforma. "Sabemos
quem são os autores intelectuais, e para cada porco chegará seu sábado."
Ainda ontem, Chávez participaria à noite do programa
"La Hojilla", da emissora estatal VTV.
A campanha eleitoral chavista será encerrada na noite
desta sexta-feira, na avenida
Bolívar, em Caracas.
Inicialmente, o "Bloco do
Não" havia marcado seu
evento no mesmo dia, horário e local, mas preferiu antecipar o seu encerramento para a quinta-feira após o
anúncio chavista.
(FM)
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