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SAIBA MAIS
Conflito já matou mais de 50 mil e continua intenso
DA REDAÇÃO
O governo da Tchetchênia
foi instaurado por Moscou
com a suposta missão de normalizar a situação na república
separatista, mas seus membros
são considerados pelos rebeldes tchetchenos como "traidores" e "títeres" dos russos.
O atual chefe do governo
tchetcheno, Akhmad Kadyrov,
estava do lado dos separatistas
na primeira guerra entre a
Rússia e a Tchetchênia (1994-1996), mas foi nomeado administrador da república em 2000, após a intervenção militar russa iniciada em 1999.
A normalização proposta pelo Kremlin -sem que houvesse uma negociação com os separatistas- prevê um referendo sobre a nova Constituição
tchetchena em março e eleições presidenciais e legislativas
no final de 2003.
A Tchetchênia, de maioria
muçulmana, é formalmente
uma república russa. A partir
de 1991, com o fim da União
Soviética, ganhou força o movimento separatista na região.
Em 1994, a Rússia decidiu intervir para impedir a independência da região, rica em petróleo. Mas, após 21 meses de
conflito e mais de 40 mil mortos, as forças russas acabaram
se retirando e Moscou foi obrigado a aceitar um acordo de
paz que concedeu ampla autonomia à Tchetchênia.
Em 1999, após a invasão da
república vizinha do Daguestão por rebeldes tchetchenos e
uma série de atentados terroristas na Rússia (cuja autoria
até hoje não foi esclarecida), o
então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ordenou
nova ofensiva militar.
Apoiados por intenso bombardeio aéreo, milhares de soldados russos conquistaram
Grozni e derrubaram o governo independentista. A popularidade de Putin, um político
pouco conhecido apadrinhado
pelo então presidente Boris
Ieltsin, explodiu e, em 2000, ele
foi eleito presidente da Rússia.
Desde então, o conflito continua. Segundo organizações de
defesa dos direitos humanos,
cerca de 5.000 militares russos
e mais de 50 mil tchetchenos (a
maioria civil) já morreram.
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