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Para Londres, Bagdá cometeu violação material
DA REDAÇÃO
O Reino Unido afirmou ontem
que o Iraque ignorou as exigências da ONU no que se refere a
aceitar seu desarmamento. Londres expressou apoio ao presidente dos EUA, George W. Bush, que,
ontem, em seu discurso sobre o
Estado da União, tentou convencer os eleitores americanos e a comunidade internacional de que
apenas uma guerra forçará o Iraque a se desarmar.
Exortando Bagdá a pôr fim a
"seu jogo", o chanceler britânico,
Jack Straw, disse que o Iraque cometeu uma "violação material"
da resolução 1441 do Conselho de
Segurança da ONU, repetindo argumento dos EUA -que abre o
caminho para um ataque.
Por enquanto, Bush ainda não
conseguiu convencer muitos países da necessidade de uma guerra.
Porém, num sinal de possível mudança de posição, a Rússia (que,
ao lado de EUA, China, França e
Reino Unido, tem direito de veto
no CS) mostrou-se ontem mais
dura em relação ao Iraque, afirmando que poderá abraçar a causa americana se os iraquianos impedirem ou dificultarem o trabalho dos inspetores da ONU.
"Se o Iraque resistir às inspeções, se criar problemas para os
inspetores, não descarto a possibilidade de a Rússia mudar de posição. E trabalharemos com todos
os membros do Conselho de Segurança, incluindo os EUA, para
chegar a outras decisões. Não direi quais são, mas elas serão mais
duras que as atuais", declarou o
presidente russo, Vladimir Putin,
durante uma visita à Ucrânia.
Os países-membros do Conselho de Segurança voltam a debater hoje a crise iraquiana e os relatos do chefe dos inspetores de armas da ONU, o sueco Hans Blix, e
do chefe da Agência Internacional
de Energia Atômica, o egípcio
Mohamed El Baradei, feitos anteontem. Segundo Pat Cox, presidente do Parlamento Europeu,
Blix aceitaria que as inspeções no
Iraque durassem mais tempo.
Com agências internacionais
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