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São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

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Para Londres, Bagdá cometeu violação material

DA REDAÇÃO

O Reino Unido afirmou ontem que o Iraque ignorou as exigências da ONU no que se refere a aceitar seu desarmamento. Londres expressou apoio ao presidente dos EUA, George W. Bush, que, ontem, em seu discurso sobre o Estado da União, tentou convencer os eleitores americanos e a comunidade internacional de que apenas uma guerra forçará o Iraque a se desarmar.
Exortando Bagdá a pôr fim a "seu jogo", o chanceler britânico, Jack Straw, disse que o Iraque cometeu uma "violação material" da resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU, repetindo argumento dos EUA -que abre o caminho para um ataque.
Por enquanto, Bush ainda não conseguiu convencer muitos países da necessidade de uma guerra. Porém, num sinal de possível mudança de posição, a Rússia (que, ao lado de EUA, China, França e Reino Unido, tem direito de veto no CS) mostrou-se ontem mais dura em relação ao Iraque, afirmando que poderá abraçar a causa americana se os iraquianos impedirem ou dificultarem o trabalho dos inspetores da ONU.
"Se o Iraque resistir às inspeções, se criar problemas para os inspetores, não descarto a possibilidade de a Rússia mudar de posição. E trabalharemos com todos os membros do Conselho de Segurança, incluindo os EUA, para chegar a outras decisões. Não direi quais são, mas elas serão mais duras que as atuais", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita à Ucrânia.
Os países-membros do Conselho de Segurança voltam a debater hoje a crise iraquiana e os relatos do chefe dos inspetores de armas da ONU, o sueco Hans Blix, e do chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, o egípcio Mohamed El Baradei, feitos anteontem. Segundo Pat Cox, presidente do Parlamento Europeu, Blix aceitaria que as inspeções no Iraque durassem mais tempo.


Com agências internacionais


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