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São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

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PALAVRA DE GENERAL

Ex-comandante da Guerra do Golfo quer mais informação sobre Iraque

Schwarzkopf sugere cautela

DA REUTERS

O ex-comandante militar dos EUA na Guerra do Golfo (1991) Norman Schwarzkopf afirmou ao jornal "The Washington Post" que necessitaria de mais informação sobre a real ameaça que o Iraque representa antes de poder emitir uma opinião sobre a necessidade de um ataque militar ao país.
"A idéia de um Saddam Hussein armado de sofisticada capacidade militar é amedrontadora, certo?, afirmou o general da reserva. "Isso dito, não sei que informação de inteligência o governo dos EUA possui. E antes que eu possa me levantar e dizer "sem sombra de dúvidas, nós precisamos invadir o Iraque", gostaria de ter mais informação", afirmou.
Segundo Schwarzkopf, os inspetores da ONU, que anteontem criticaram o Iraque por não colaborar para seu desarmamento, deveriam estabelecer o cronograma para a guerra.
"Eu acho que seria muito importante para nós aguardarmos o resultado do trabalho dos inspetores, tenho esperança de que eles chegarão a algo conclusivo", disse.
O ex-comandante deu declarações favoráveis ao secretário de Estado, Colin Powell, mas criticou o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.
"Quando ele faz seus comentários, parece desprezar as Forças Armadas. Transmite a sensação de que, quando está na TV, ele é o condutor do trem e todo mundo precisa concordar com ele", disse.
Schwarzkopf comandou as forças americanas durante a Guerra do Golfo (1991), sob a Presidência de George Bush, pai do atual presidente. Em 1990, os EUA receberam autorização da ONU para liderar uma ampla coalizão para expulsar o Iraque do Kuait, invadido por Saddam no ano anterior.
A guerra foi interrompida, com um cessar-fogo, assim que o Iraque abandonou às pressas o território kuaitiano. Na época, alguns sugeriram que a ação militar deveria ter seguido até a conquista de Bagdá e a deposição de Saddam.


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