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PALAVRA DE GENERAL
Ex-comandante da Guerra do Golfo quer mais informação sobre Iraque
Schwarzkopf sugere cautela
DA REUTERS
O ex-comandante militar dos
EUA na Guerra do Golfo (1991)
Norman Schwarzkopf afirmou
ao jornal "The Washington
Post" que necessitaria de mais
informação sobre a real ameaça
que o Iraque representa antes
de poder emitir uma opinião
sobre a necessidade de um ataque militar ao país.
"A idéia de um Saddam Hussein armado de sofisticada capacidade militar é amedrontadora, certo?, afirmou o general
da reserva. "Isso dito, não sei
que informação de inteligência
o governo dos EUA possui. E
antes que eu possa me levantar
e dizer "sem sombra de dúvidas,
nós precisamos invadir o Iraque", gostaria de ter mais informação", afirmou.
Segundo Schwarzkopf, os inspetores da ONU, que anteontem criticaram o Iraque por não
colaborar para seu desarmamento, deveriam estabelecer o
cronograma para a guerra.
"Eu acho que seria muito importante para nós aguardarmos
o resultado do trabalho dos inspetores, tenho esperança de que
eles chegarão a algo conclusivo", disse.
O ex-comandante deu declarações favoráveis ao secretário
de Estado, Colin Powell, mas
criticou o secretário da Defesa,
Donald Rumsfeld.
"Quando ele faz seus comentários, parece desprezar as Forças Armadas. Transmite a sensação de que, quando está na
TV, ele é o condutor do trem e
todo mundo precisa concordar
com ele", disse.
Schwarzkopf comandou as
forças americanas durante a
Guerra do Golfo (1991), sob a
Presidência de George Bush, pai
do atual presidente. Em 1990, os
EUA receberam autorização da
ONU para liderar uma ampla
coalizão para expulsar o Iraque
do Kuait, invadido por Saddam
no ano anterior.
A guerra foi interrompida,
com um cessar-fogo, assim que
o Iraque abandonou às pressas
o território kuaitiano. Na época,
alguns sugeriram que a ação
militar deveria ter seguido até a
conquista de Bagdá e a deposição de Saddam.
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