São Paulo, quinta-feira, 29 de abril de 2004

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TERROR

Justiça francesa inicia investigação sobre ataques terroristas palestinos
A Justiça francesa abriu uma investigação após parentes de vítimas de atentados em Israel terem entrado com uma ação acusando o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, de genocício, entre outros crimes.
A ação foi iniciada na França em março de 2003 por sete judeus de origem francesa que vivem em Israel. Eles acusam Arafat de estar por trás dos ataques terroristas contra judeus como parte de sua luta pela formação de um Estado palestino.
Segundo eles, o líder palestino seria responsável de genocídio, crimes contra a humanidade, assassinato e conspiração criminal.
Os procuradores franceses, que abriram uma investigação, excluíram o líder palestino do processo, por enquanto. E limitaram as acusações a serem investigadas a "assassinatos e conspiração criminal".
Há várias ações contra líderes estrangeiros em curso na Justiça francesa. Segundo a lei francesa, chefes de Estado têm imunidade enquanto estiverem no poder. Mas os advogados dos judeus franceses argumentam que Arafat não teria direito a imunidade por não ser legalmente chefe de Estado, já que o Estado palestino ainda não existe. Arafat foi eleito presidente da ANP em eleições ocorridas em 1996.
As ações têm como base ataques terroristas, inclusive suicidas, ocorridos entre 1999 e 2002.
De acordo com os autores da ação, eles são de responsabilidade da ANP, da Organização pela Libertação da Palestina, o Fatah e outros grupos ligados a Arafat, entre eles as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa.


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