São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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Doença mina setores de carnes e turismo e valoriza o de saúde

GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO

A gripe suína espalha reações distintas na economia. Em alguns setores causa apreensão, caso da indústrias do turismo e de carnes. Para outros segmentos, como empresas da área de saúde, representa oportunidade de aumento de negócios.
A Rússia ontem ampliou o veto a importações dos EUA -além de suínos, anunciou que não vai comprar cortes de bovinos nem de frango de cinco Estados americanos.
O veto russo agora se estende a toda carne -de boi, de porco e de aves- produzida na Califórnia, no Kansas, em Nova York, em Ohio e no Texas. O governo dos EUA reagiu, alegando "faltar base científica" para o embargo, pois a gripe não é transmitida pelo consumo de carne.
Os prejuízos são intensos no epicentro da crise. A Câmara de Comércio estima que a Cidade do México esteja perdendo US$ 57 milhões por dia. É um novo golpe na economia mexicana, que não vem caminhando bem, diz Filipe Albert, economista da Tendências Consultoria.
Após crescer 1,3% em 2008, para 2009 o Fundo Monetário Internacional prevê contração de 3,7% no PIB do país.
Para Cesar de Castro Alves, analista da MB Agro Consultoria, exportadores brasileiros poderão se beneficiar, se o país seguir livre da doença e vetos surgirem contra companhias da América do Norte.
Bolsas nos EUA e no Brasil fecharam com estabilidade ontem -queda de 0,10% em Nova York e a mesma pontuação que o dia anterior em São Paulo. O valor das ações de empresas do setor de turismo e de companhias aéreas voltou a cair.
O lucro vem para laboratórios e farmácias que vendem remédios antivirais e desinfetantes para as mãos. Fabricantes de máscaras respiratórias aumentam a produção -em comunicado, a 3M, uma das líderes do segmento, disse que observou consultas de "pontos de venda não tradicionais".


Com agências internacionais

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