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Doença mina setores de carnes e turismo e valoriza o de saúde
GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
A gripe suína espalha reações
distintas na economia. Em alguns setores causa apreensão,
caso da indústrias do turismo e
de carnes. Para outros segmentos, como empresas da área de
saúde, representa oportunidade de aumento de negócios.
A Rússia ontem ampliou o
veto a importações dos EUA
-além de suínos, anunciou que
não vai comprar cortes de bovinos nem de frango de cinco Estados americanos.
O veto russo agora se estende
a toda carne -de boi, de porco e
de aves- produzida na Califórnia, no Kansas, em Nova York,
em Ohio e no Texas. O governo
dos EUA reagiu, alegando "faltar base científica" para o embargo, pois a gripe não é transmitida pelo consumo de carne.
Os prejuízos são intensos no
epicentro da crise. A Câmara de
Comércio estima que a Cidade
do México esteja perdendo US$
57 milhões por dia. É um novo
golpe na economia mexicana,
que não vem caminhando bem,
diz Filipe Albert, economista
da Tendências Consultoria.
Após crescer 1,3% em 2008,
para 2009 o Fundo Monetário
Internacional prevê contração
de 3,7% no PIB do país.
Para Cesar de Castro Alves,
analista da MB Agro Consultoria, exportadores brasileiros
poderão se beneficiar, se o país
seguir livre da doença e vetos
surgirem contra companhias
da América do Norte.
Bolsas nos EUA e no Brasil
fecharam com estabilidade ontem -queda de 0,10% em Nova
York e a mesma pontuação que
o dia anterior em São Paulo. O
valor das ações de empresas do
setor de turismo e de companhias aéreas voltou a cair.
O lucro vem para laboratórios e farmácias que vendem
remédios antivirais e desinfetantes para as mãos. Fabricantes de máscaras respiratórias
aumentam a produção -em
comunicado, a 3M, uma das líderes do segmento, disse que
observou consultas de "pontos
de venda não tradicionais".
Com agências internacionais
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