UOL


São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EPIDEMIA

Rússia confirma primeiro caso da doença, na fronteira com a China; notícia coincide com visita do presidente Hu Jintao

Sars isola 2.000 em escola de Toronto

DA REDAÇÃO

Uma escola de ensino médio em Toronto foi fechada, e todos os seus 2.000 alunos e funcionários colocados em quarentena ontem depois que um estudante foi internado com os sintomas da Sars (síndrome aguda respiratória grave, na sigla em inglês). Um dos pais do estudante trabalha no hospital de North York, epicentro do último surto da doença.
Até ontem, 6.400 pessoas já haviam sido isoladas após o surgimento do segundo surto epidêmico, na última sexta-feira. Já são nove casos recentes confirmados e outros 23 estão à espera de confirmação.
Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou ao Canadá que adotasse uma definição mais ampla de casos suspeitos de Sars. Segundo critérios adotados a partir desta semana, apenas pacientes com um quadro progressivo de infecção respiratória são considerados casos suspeitos.
Antes, apenas uma infecção pulmonar detectada por uma radiografia já era o suficiente para o paciente ser listado como um caso provável.
Segundo o microbiologista Donald Low, um dos principais estrategistas do combate à Sars em Toronto, se o critério antigo estivesse em vigor, haveria atualmente muito mais casos suspeitos.
Desde a nova onda de casos de Sars, cinco pessoas morreram por causa da doença, mas uma delas já estava internada havia várias semanas. O Canadá, único país com surto epidêmico fora da Ásia, registrou ao todo 29 mortos pela doença, segundo o Ministério da Saúde canadense. Em razão dos novos casos, Toronto voltou para a lista das regiões afetadas pela doença nesta semana.
Segundo a OMS, foram registrados em todo o mundo 8.240 casos de Sars, com 745 mortes. A maioria absoluta dos casos foi registrada na China, origem da epidemia.

Rússia
A Rússia confirmou ontem seu primeiro caso de Sars: um homem que mora em Blagoveshchensk, na fronteira com a China. A notícia coincidiu com a visita ao país do presidente chinês, Hu Jintao, que afirmou ontem que convenceria o mundo de que sua administração é capaz de conter a doença.
"De acordo com todos os testes laboratoriais, nós confirmamos o diagnóstico", disse o principal epidemiologista russo, Gennady Onishchenko. O paciente, que não morreu, está em observação há várias semanas.
A Rússia tem 3.645 quilômetros de fronteira com a China.


Com agências internacionais


Texto Anterior: O governista: "Estamos seguros da vitória eleitoral"
Próximo Texto: Iguaria
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.