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EPIDEMIA
Rússia confirma primeiro caso da doença, na fronteira com a China; notícia coincide com visita do presidente Hu Jintao
Sars isola 2.000 em escola de Toronto
DA REDAÇÃO
Uma escola de ensino médio
em Toronto foi fechada, e todos
os seus 2.000 alunos e funcionários colocados em quarentena ontem depois que um estudante foi internado com os sintomas da
Sars (síndrome aguda respiratória grave, na sigla em inglês). Um
dos pais do estudante trabalha no
hospital de North York, epicentro
do último surto da doença.
Até ontem, 6.400 pessoas já haviam sido isoladas após o surgimento do segundo surto epidêmico, na última sexta-feira. Já são
nove casos recentes confirmados
e outros 23 estão à espera de confirmação.
Ontem, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) recomendou ao
Canadá que adotasse uma definição mais ampla de casos suspeitos
de Sars. Segundo critérios adotados a partir desta semana, apenas
pacientes com um quadro progressivo de infecção respiratória
são considerados casos suspeitos.
Antes, apenas uma infecção
pulmonar detectada por uma radiografia já era o suficiente para o
paciente ser listado como um caso
provável.
Segundo o microbiologista Donald Low, um dos principais estrategistas do combate à Sars em Toronto, se o critério antigo estivesse em vigor, haveria atualmente muito mais casos suspeitos.
Desde a nova onda de casos de
Sars, cinco pessoas morreram por
causa da doença, mas uma delas
já estava internada havia várias
semanas. O Canadá, único país
com surto epidêmico fora da
Ásia, registrou ao todo 29 mortos
pela doença, segundo o Ministério da Saúde canadense. Em razão
dos novos casos, Toronto voltou
para a lista das regiões afetadas
pela doença nesta semana.
Segundo a OMS, foram registrados em todo o mundo 8.240 casos
de Sars, com 745 mortes. A maioria absoluta dos casos foi registrada na China, origem da epidemia.
Rússia
A Rússia confirmou ontem seu
primeiro caso de Sars: um homem que mora em Blagoveshchensk, na fronteira com a China.
A notícia coincidiu com a visita ao
país do presidente chinês, Hu Jintao, que afirmou ontem que convenceria o mundo de que sua administração é capaz de conter a
doença.
"De acordo com todos os testes
laboratoriais, nós confirmamos o
diagnóstico", disse o principal
epidemiologista russo, Gennady
Onishchenko. O paciente, que
não morreu, está em observação
há várias semanas.
A Rússia tem 3.645 quilômetros
de fronteira com a China.
Com agências internacionais
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