São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 2006

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Pio 12 foi acusado de omissão

DA REDAÇÃO

A relação da Igreja Católica com o nazismo foi tema de um livro que causou muita polêmica à época de seu lançamento, em 1999. Escrito pelo historiador católico inglês John Cornwell, "O Papa de Hitler" (publicado no Brasil pela Imago) acusou Pio 12, ou Eugenio Pacelli, de ter se omitido ao não condenar explicitamente os campos de concentração nazistas.
Cornwell, que leciona na Universidade de Cambridge, baseou seu argumento em depoimentos e documentos colhidos no processo de beatificação de Pio 12 -papa entre 1939 e 1958.
Seu livro foi condenado veementemente pelo "Osservatore Romano".
Na mesma linha, embora de maneira muito mais moderada, a revista "Civiltá Cattolica", publicada por jesuítas italianos, afirmou em 2002 que Pio 12 foi "prudente demais" em seus discursos sobre o Holocausto.
Segundo a revista, o papa "estava "subjetivamente" convencido de ter-se expressado com "força" em relação ao massacre dos judeus em sua famosa mensagem natalina de 1942".
Nessa mensagem, ainda segundo a "Civiltá", o papa fez referência "a centenas de milhares de pessoas que, sem ter cometido nenhuma falta, às vezes apenas por razões de nacionalidade e de origem, são destinadas à morte ou à deterioração progressiva". Mas ele não citou explicitamente os judeus.
Mas a revista também menciona diversas testemunhas que disseram que Pio 12 estava convencido de que fizera todo o possível em sua mensagem de Natal, apesar das críticas feitas contra ele.


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