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Pio 12 foi acusado de omissão
DA REDAÇÃO
A relação da Igreja Católica com o nazismo foi tema de
um livro que causou muita
polêmica à época de seu lançamento, em 1999. Escrito
pelo historiador católico inglês John Cornwell, "O Papa
de Hitler" (publicado no Brasil pela Imago) acusou Pio 12,
ou Eugenio Pacelli, de ter se
omitido ao não condenar explicitamente os campos de
concentração nazistas.
Cornwell, que leciona na
Universidade de Cambridge,
baseou seu argumento em
depoimentos e documentos
colhidos no processo de beatificação de Pio 12 -papa entre 1939 e 1958.
Seu livro foi condenado
veementemente pelo "Osservatore Romano".
Na mesma linha, embora
de maneira muito mais moderada, a revista "Civiltá Cattolica", publicada por jesuítas italianos, afirmou em
2002 que Pio 12 foi "prudente demais" em seus discursos
sobre o Holocausto.
Segundo a revista, o papa
"estava "subjetivamente"
convencido de ter-se expressado com "força" em relação
ao massacre dos judeus em
sua famosa mensagem natalina de 1942".
Nessa mensagem, ainda
segundo a "Civiltá", o papa
fez referência "a centenas de
milhares de pessoas que, sem
ter cometido nenhuma falta,
às vezes apenas por razões de
nacionalidade e de origem,
são destinadas à morte ou à
deterioração progressiva".
Mas ele não citou explicitamente os judeus.
Mas a revista também
menciona diversas testemunhas que disseram que Pio 12
estava convencido de que fizera todo o possível em sua
mensagem de Natal, apesar
das críticas feitas contra ele.
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