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Londres vive "operação de guerra"
DA REDAÇÃO
As autoridades londrinas realizaram ontem o que chamaram de
"a maior operação de segurança
na cidade desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45)", cujo objetivo foi tranqüilizar os usuários
do transporte público e evitar novos atentados. Centenas de policiais de várias partes do Reino
Unido foram mobilizados e patrulharam ostensivamente as ruas
e estações de metrô de Londres.
No entanto a polícia fez questão
de dizer aos moradores da capital
que, apesar dos esforços, ainda
são grandes as chances de ocorrência de novos ataques.
"É possível que os terroristas
que nos atacaram na semana passada [dia 21] voltem a agir. Além
disso, existe a possibilidade de
que outras células [terroristas] estejam prontas para atacar", afirmou o comissário da polícia britânica, Ian Blair.
A Scotland Yard anunciou ontem a prisão de mais nove pessoas, todas no distrito de Tooting
(sul), elevando para 20 o número
de detenções relacionadas aos
ataques frustrados de 21 de julho.
Mas nenhum dos três procurados
por esses atentados estava entre
os presos- anteontem, a polícia
prendeu o somali Yasin Hassan
Omar, 24, que seria um dos quatro terroristas envolvidos.
Apesar disso, o cerco policial está se fechando. A Scotland Yard
anunciou que encontrou anteontem o apartamento onde vivia o
terrorista que tentou -sem sucesso- detonar uma bomba na
estação de Shepherd's Bush. O
imóvel fica a apenas 200 metros
da estação de metrô de Stockwell
(sul), onde três dos quatro autores dos atentados se encontraram
na manhã do dia 21 de julho, antes
de saírem rumo a diferentes direções.
Foi também em Stockwell que a
polícia britânica matou, por engano, o eletricista mineiro Jean
Charles de Menezes.
A principal preocupação das
autoridades é construir o mais rapidamente possível o complicado
quebra-cabeças que pode levar à
detenção dos três terroristas que
ainda estão em liberdade.
"É uma luta contra o tempo",
disse Ian Blair, ressaltando que os
foragidos representam um perigo
iminente à sociedade, apesar de
terem falhado ao tentar cometer
os últimos atentados. "Eles não
são um "time B", não são amadores. Eles cometeram apenas um
erro. E nós tivemos muita sorte."
Com agências internacionais
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