São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2005

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Londres vive "operação de guerra"

DA REDAÇÃO

As autoridades londrinas realizaram ontem o que chamaram de "a maior operação de segurança na cidade desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45)", cujo objetivo foi tranqüilizar os usuários do transporte público e evitar novos atentados. Centenas de policiais de várias partes do Reino Unido foram mobilizados e patrulharam ostensivamente as ruas e estações de metrô de Londres.
No entanto a polícia fez questão de dizer aos moradores da capital que, apesar dos esforços, ainda são grandes as chances de ocorrência de novos ataques.
"É possível que os terroristas que nos atacaram na semana passada [dia 21] voltem a agir. Além disso, existe a possibilidade de que outras células [terroristas] estejam prontas para atacar", afirmou o comissário da polícia britânica, Ian Blair.
A Scotland Yard anunciou ontem a prisão de mais nove pessoas, todas no distrito de Tooting (sul), elevando para 20 o número de detenções relacionadas aos ataques frustrados de 21 de julho. Mas nenhum dos três procurados por esses atentados estava entre os presos- anteontem, a polícia prendeu o somali Yasin Hassan Omar, 24, que seria um dos quatro terroristas envolvidos.
Apesar disso, o cerco policial está se fechando. A Scotland Yard anunciou que encontrou anteontem o apartamento onde vivia o terrorista que tentou -sem sucesso- detonar uma bomba na estação de Shepherd's Bush. O imóvel fica a apenas 200 metros da estação de metrô de Stockwell (sul), onde três dos quatro autores dos atentados se encontraram na manhã do dia 21 de julho, antes de saírem rumo a diferentes direções.
Foi também em Stockwell que a polícia britânica matou, por engano, o eletricista mineiro Jean Charles de Menezes.
A principal preocupação das autoridades é construir o mais rapidamente possível o complicado quebra-cabeças que pode levar à detenção dos três terroristas que ainda estão em liberdade.
"É uma luta contra o tempo", disse Ian Blair, ressaltando que os foragidos representam um perigo iminente à sociedade, apesar de terem falhado ao tentar cometer os últimos atentados. "Eles não são um "time B", não são amadores. Eles cometeram apenas um erro. E nós tivemos muita sorte."


Com agências internacionais

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