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Derrubar Saddam é prioridade americana
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos pretendem depor o ditador iraquiano, Saddam Hussein, ainda que ele permita a entrada de inspetores da ONU no país, afirmou ontem
uma autoridade americana. "A mudança de regime é mais importante do que a inspeção de armas", disse a autoridade em condição de anonimato.
O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, já havia dito anteontem que a volta da inspeção da ONU não é suficiente para combater a "ameaça iraquiana".
Já o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, comparou Saddam ao líder nazista Adolf Hitler para justificar um possível ataque. Segundo Rumsfeld, o presidente
dos EUA, George W. Bush, está agindo de maneira similar ao premiê britânico Winston Churchill nos anos 30.
"Os países europeus esperaram ser atacados [pelos nazistas] para
aceitar que Churchill estava certo.
Talvez aquela voz solitária expressando preocupação [em relação a
Hitler] fosse a correta. É menos importante ter unanimidade do
que fazer a coisa certa", disse.
E acrescentou: "Quando nosso
país faz o julgamento certo e toma
as decisões corretas, os demais
países cooperam".
O Departamento de Estado dos
EUA, comandado por Colin Powell, afirmou que Bush ainda não
decidiu se atacará o Iraque. Porém analistas dizem que o pensamento de Bush está mais próximo do de Cheney e de Rumsfeld.
Turquia e China
Cresce a oposição externa a uma
possível ação dos EUA. Ontem foi
a vez da Turquia e da China se
manifestarem contra um ataque
ao Iraque.
O primeiro-ministro turco, Bulent Ecevit, disse que seu país já
informou à Casa Branca que considera equivocada uma ação militar contra o Iraque. A Turquia é
um dos países mais estratégicos
para uma operação militar americana no Oriente Médio. Além de
ser um dos principais aliados dos
EUA na região, é membro da
Otan (aliança militar ocidental) e
faz fronteira com o Iraque.
A China, que integra o Conselho
de Segurança da ONU, afirmou
que o Iraque deveria aceitar os
inspetores da ONU, mas disse que
a força não é a saída para resolver
o impasse. "Usar a força ou ameaçar de usar a força é inútil para resolver o problema do Iraque. Irá
apenas aumentar a instabilidade e
a tensão na região", disse o ministro das Relações Exteriores da
China, Tang Jiaxuan Tang, após
se reunir com o chanceler iraquiano, Naji Sabr, em Pequim.
Com agências internacionais
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