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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Israel elogia medida, mas continua caçada a terroristas; um palestino foi morto em Gaza por um disparo de míssil

ANP bloqueia contas de entidades ligadas ao Hamas

DA REDAÇÃO

Autoridades palestinas anunciaram ontem o bloqueio de 39 contas bancárias de nove instituições de caridade islâmicas vinculadas ao grupo terrorista Hamas, para investigar se elas arrecadavam dinheiro para ações de extremistas. A medida foi a mais dura até agora contra os grupos terroristas tomada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), que vem sendo pressionada por Israel e pelos EUA para controlar seus extremistas como condição para a continuidade do plano de paz para a região.
Israel elogiou a decisão da ANP. "Há instituições de caridade as quais Israel suspeita há muito tempo de que são organizações de fachada para o Hamas", disse o porta-voz do governo israelense Dore Gold. "Qualquer coisa que sirva a essa necessidade [interromper o fluxo de dinheiro] é positiva", afirmou.
Apesar disso, Israel seguiu ontem com suas ações para caçar supostos terroristas. Um líder local do Hamas foi morto em um ataque com um míssil na faixa de Gaza. O Exército israelense também realizou uma incursão ao norte de Gaza para destruir cercas que estariam dando cobertura para ataques com foguetes na região da fronteira. Essa foi a primeira incursão por terra em Gaza desde a retirada do Exército da região, em julho, para o cumprimento do plano de paz. Fontes do Exército disseram que não há a intenção de reocupar a faixa de Gaza.
A operação teria sido uma resposta ao disparo de um foguete, supostamente pelo Hamas, que atingiu a cidade israelense de Ashkelon, a 9 km da fronteira com Gaza, sem provocar vítimas. Foi a primeira vez que uma grande cidade israelense é atingida por um míssil desde o início da atual Intifada (levante contra a ocupação), em setembro de 2000.
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse que poderá haver uma resposta ainda mais dura se os ataques persistirem, dizendo que instruiu seu ministro da Defesa a tomar "todas as medidas necessárias" para interromper os disparos. Segundo Sharon, o Hamas estaria tentando atingir uma usina de energia ao sul de Ashkelon. Apesar de o ataque de ontem não ter causado danos, Israel considera a possibilidade de novos disparos uma ameaça estratégica.


Com agências internacionais

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