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ORIENTE MÉDIO
Israel elogia medida, mas continua caçada a terroristas; um palestino foi morto em Gaza por um disparo de míssil
ANP bloqueia contas de entidades ligadas ao Hamas
DA REDAÇÃO
Autoridades palestinas anunciaram ontem o bloqueio de 39
contas bancárias de nove instituições de caridade islâmicas vinculadas ao grupo terrorista Hamas,
para investigar se elas arrecadavam dinheiro para ações de extremistas. A medida foi a mais dura
até agora contra os grupos terroristas tomada pela Autoridade
Nacional Palestina (ANP), que
vem sendo pressionada por Israel
e pelos EUA para controlar seus
extremistas como condição para a
continuidade do plano de paz para a região.
Israel elogiou a decisão da ANP.
"Há instituições de caridade as
quais Israel suspeita há muito
tempo de que são organizações de
fachada para o Hamas", disse o
porta-voz do governo israelense
Dore Gold. "Qualquer coisa que
sirva a essa necessidade [interromper o fluxo de dinheiro] é positiva", afirmou.
Apesar disso, Israel seguiu ontem com suas ações para caçar supostos terroristas. Um líder local
do Hamas foi morto em um ataque com um míssil na faixa de Gaza. O Exército israelense também
realizou uma incursão ao norte de
Gaza para destruir cercas que estariam dando cobertura para ataques com foguetes na região da
fronteira. Essa foi a primeira incursão por terra em Gaza desde a
retirada do Exército da região, em
julho, para o cumprimento do
plano de paz. Fontes do Exército
disseram que não há a intenção de
reocupar a faixa de Gaza.
A operação teria sido uma resposta ao disparo de um foguete,
supostamente pelo Hamas, que
atingiu a cidade israelense de
Ashkelon, a 9 km da fronteira
com Gaza, sem provocar vítimas.
Foi a primeira vez que uma grande cidade israelense é atingida por
um míssil desde o início da atual
Intifada (levante contra a ocupação), em setembro de 2000.
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse que poderá haver uma
resposta ainda mais dura se os
ataques persistirem, dizendo que
instruiu seu ministro da Defesa a
tomar "todas as medidas necessárias" para interromper os disparos. Segundo Sharon, o Hamas estaria tentando atingir uma usina
de energia ao sul de Ashkelon.
Apesar de o ataque de ontem não
ter causado danos, Israel considera a possibilidade de novos disparos uma ameaça estratégica.
Com agências internacionais
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