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Nobel para brasileiro é controverso
DA REDAÇÃO
Por sugestão dos senadores
Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro
Simon (PMDB-RS), a Comissão
de Relações Exteriores do Senado
aprovou a indicação de Sérgio
Vieira de Melo ao Nobel da Paz de
2003. A sugestão deve ir a plenário, mas tem valor apenas simbólico. De acordo com o regulamento do Comitê Nobel Norueguês, o
prêmio só é dado a vivos -em
2002, o laureado foi o ex-presidente americano Jimmy Carter.
A regra não foi cumprida em
1961, quando o secretário-geral da
ONU Dag Hammarskjöld (pronuncia-se "ramarchôld") recebeu
o Nobel a título póstumo. O diplomata sueco morrera em acidente
aéreo antes que o comitê se reunisse. O comitê é composto por
cinco membros escolhidos pelo
Parlamento da Noruega.
Em 1948, o prêmio deixou de ser
dado pela inexistência de "nenhum candidato apto e vivo".
Mahatma Gandhi recebera indicações, mas havia sido assassinado quando da reunião do comitê.
Geir Lundestad, especialista na
questão, nota, em estudo disponível no site da instituição
(www.nobel.se), que, depois de
Hammarskjöld, os estatutos foram explicitados para impossibilitar outros prêmios póstumos.
A candidatura de Vieira de Melo ao Nobel foi sugerida por Fernando Henrique Cardoso, em telegrama a Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador Pedro Simon, "Sérgio Vieira de Mello se
transformou, com seu sacrifício,
em mártir da paz".
Com a Sucursal de Brasília
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