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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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Nobel para brasileiro é controverso

DA REDAÇÃO

Por sugestão dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS), a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou a indicação de Sérgio Vieira de Melo ao Nobel da Paz de 2003. A sugestão deve ir a plenário, mas tem valor apenas simbólico. De acordo com o regulamento do Comitê Nobel Norueguês, o prêmio só é dado a vivos -em 2002, o laureado foi o ex-presidente americano Jimmy Carter.
A regra não foi cumprida em 1961, quando o secretário-geral da ONU Dag Hammarskjöld (pronuncia-se "ramarchôld") recebeu o Nobel a título póstumo. O diplomata sueco morrera em acidente aéreo antes que o comitê se reunisse. O comitê é composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento da Noruega.
Em 1948, o prêmio deixou de ser dado pela inexistência de "nenhum candidato apto e vivo". Mahatma Gandhi recebera indicações, mas havia sido assassinado quando da reunião do comitê.
Geir Lundestad, especialista na questão, nota, em estudo disponível no site da instituição (www.nobel.se), que, depois de Hammarskjöld, os estatutos foram explicitados para impossibilitar outros prêmios póstumos.
A candidatura de Vieira de Melo ao Nobel foi sugerida por Fernando Henrique Cardoso, em telegrama a Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador Pedro Simon, "Sérgio Vieira de Mello se transformou, com seu sacrifício, em mártir da paz".


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