São Paulo, quarta-feira, 29 de agosto de 2007

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"O governo não nos dá outra saída", afirma líder grevista

DE CARACAS

Um dos líderes da paralisação de ontem, o presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, Branko Marinkovic, disse que o governo Evo Morales se recusa a dialogar e que a violência foi "isolada". "Lamentavelmente, o governo não nos dá outra saída, quer impor à força um modelo ideológico", disse ele à Folha, por telefone.
Adversário histórico de Morales, o comitê reúne a elite econômica de Santa Cruz, o departamento mais próspero do país, e tem forte influência política na região -o atual governador, Rubén Costas, é um antecessor de Marinkovic.
O dirigente, um banqueiro de origem croata, afirma que o partido governista, MAS (Movimento ao Socialismo), agiu de maneira "ilegal" ao retirar o tema da mudança de capital da Assembléia Constituinte e ao afastar quatro juízes do Tribunal Constitucional. Sobre a União Juvenil Cruzenhista, ligada ao comitê e acusada de atos violentos, Marinkovic disse que é uma "pequena agrupação e de maneira nenhuma são fascistas".
"Houve muitas provocações por parte dos partidários do MAS. Foram fatos muito isolados. O que temos de ver é que uma cidade de quase 2 milhões de habitantes parou de maneira voluntária. E não sabemos sequer se foi a União Juvenil. Poderiam ser muito facilmente agentes cubanos e venezuelanos que estão aí infiltrados." (FABIANO MAISONNAVE)

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