São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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Sequestrador e homicida é preso após 41 anos foragido

Americano foi achado pelo FBI em Portugal

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um homicida que fugiu em 1970 de uma prisão de Nova Jersey (EUA) e que participou do sequestro de um avião foi capturado em Portugal após passar 41 anos foragido, segundo informações divulgadas pelo FBI anteontem.
George Wright, de 68 anos, foi detido na última segunda-feira pela polícia portuguesa após ser localizado por autoridades norte-americanas nos arredores de Lisboa.
Não ficou claro como seu paradeiro foi descoberto, mas há informações de que ele recentemente entrou em contato com parentes nos EUA. Em 1962, Wright foi condenado pelo homicídio do dono de um posto de gasolina na cidade de Wall, em Nova Jersey. O crime foi cometido durante um assalto.
Ele cumpria pena na Prisão Estadual de Bayside, quando fugiu, em 1970, junto com três outros detentos. Após a fuga da prisão, Wright se escondeu em Detroit, onde, segundo o FBI, aderiu ao Exército Negro de Libertação, um grupo nacionalista militante negro.

SEQUESTRO DE AVIÃO
Em 1972, Wright e outros quatro sequestradores, acompanhados de três crianças, sequestraram um avião da companhia aérea Delta. O voo ia de Detroit para Miami.
Após pousarem na Flórida, eles exigiram um resgate de US$ 1 milhão pelos passageiros. Também insistiram que agentes do FBI entregassem o dinheiro vestindo apenas sungas, para se certificar de que não escondiam armas.
Depois de receber o resgate, os sequestradores obrigaram o avião a rumar até a Argélia, em busca de refúgio. Contudo, as autoridades argelinas apreenderam a aeronave e o dinheiro, devolvendo-os para os Estados Unidos. Os sequestradores foram presos, porém, libertados dias depois.
Em 1976, quatro dos sequestradores foram localizados e condenados na França, enquanto Wright permaneceu foragido.
Desde então, ele morava em uma cidade costeira perto de Lisboa, onde havia se casado com uma portuguesa. Eles tiveram dois filhos. Wright era conhecido como Jorge Santos e se apresentava como um imigrante africano. Ele usava uma carteira de identidade falsa em que era identificado como originário de Guiné-Bissau, no oeste da África.


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