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Coalizão de Berlusconi toma quatro governos da esquerda
Aliados do premiê da Itália aumentam de 2 para 6 as regiões sob seu controle
Das 13 regiões em disputa, oposição conquista 7, contra 11 em 2005; pleito registra também abstenção menor
e crescimento da Liga Norte
DA REDAÇÃO
A coalizão de governo do premiê da Itália, Silvio Berlusconi,
obteve um importante avanço
nas eleições regionais encerradas ontem ao conquistar 4 das
11 regiões atualmente governadas por siglas opositoras, entre
13 em disputa -aliados controlam ainda 6 das outras 7 unidades em que o país é dividido.
O resultado contraria projeções que indicavam votação de
protesto contra o premiê, após
a sucessão de escândalos em
2009, e aumenta de 2 para 6 as
regiões controladas pelos governistas entre as 13 em jogo.
As vitórias mais importantes
da coalizão do premiê foram as
regiões do Piemonte e de Lazio
-onde fica Roma-, em que os
candidatos governistas disputaram voto a voto com a oposição. As duas outras unidades
conquistadas foram Campanha
e Calábria. Em Vêneto e Lombardia, os aliados mantiveram
os governos obtidos em 2005.
O pleito deste ano registrou,
no entanto, comparecimento
oito pontos percentuais menor
do que no anterior: 64% contra
os 72% de 2005, índice considerado baixo no país e atribuído à suposta desilusão dos italianos com a política em geral.
Além disso, significou um revés pontual para o mandatário
italiano: o crescimento relativo
do parceiro menor da coalizão,
a direitista -e, para muitos, xenófoba- Liga Norte. A sigla foi
responsável pelo avanço governista nas regiões do Piemonte e
da Campanha, além de tomar
Vêneto do partido do premiê.
Para especialistas, o resultado deverá aumentar a pressão
da Liga Norte -a terceira força
do país- por mais cargos no governo em detrimento do PDL
(Povo da Liberdade), de Berlusconi, possivelmente afastando
do premiê aliados mais ao centro e agravando a polarização
política já acentuada na Itália.
O PD (Partido Democrático),
principal partido opositor, embora tenha mantido a maioria
das regiões em disputa -7 das
11 que governa atualmente-,
perde força na corrida para o
pleito legislativo de 2013, quando se decidirá a sucessão do
premiê, no cargo desde 2008.
Com agências internacionais
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