São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2010

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Coalizão de Berlusconi toma quatro governos da esquerda

Aliados do premiê da Itália aumentam de 2 para 6 as regiões sob seu controle

Das 13 regiões em disputa, oposição conquista 7, contra 11 em 2005; pleito registra também abstenção menor e crescimento da Liga Norte


DA REDAÇÃO

A coalizão de governo do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, obteve um importante avanço nas eleições regionais encerradas ontem ao conquistar 4 das 11 regiões atualmente governadas por siglas opositoras, entre 13 em disputa -aliados controlam ainda 6 das outras 7 unidades em que o país é dividido.
O resultado contraria projeções que indicavam votação de protesto contra o premiê, após a sucessão de escândalos em 2009, e aumenta de 2 para 6 as regiões controladas pelos governistas entre as 13 em jogo.
As vitórias mais importantes da coalizão do premiê foram as regiões do Piemonte e de Lazio -onde fica Roma-, em que os candidatos governistas disputaram voto a voto com a oposição. As duas outras unidades conquistadas foram Campanha e Calábria. Em Vêneto e Lombardia, os aliados mantiveram os governos obtidos em 2005.
O pleito deste ano registrou, no entanto, comparecimento oito pontos percentuais menor do que no anterior: 64% contra os 72% de 2005, índice considerado baixo no país e atribuído à suposta desilusão dos italianos com a política em geral.
Além disso, significou um revés pontual para o mandatário italiano: o crescimento relativo do parceiro menor da coalizão, a direitista -e, para muitos, xenófoba- Liga Norte. A sigla foi responsável pelo avanço governista nas regiões do Piemonte e da Campanha, além de tomar Vêneto do partido do premiê.
Para especialistas, o resultado deverá aumentar a pressão da Liga Norte -a terceira força do país- por mais cargos no governo em detrimento do PDL (Povo da Liberdade), de Berlusconi, possivelmente afastando do premiê aliados mais ao centro e agravando a polarização política já acentuada na Itália.
O PD (Partido Democrático), principal partido opositor, embora tenha mantido a maioria das regiões em disputa -7 das 11 que governa atualmente-, perde força na corrida para o pleito legislativo de 2013, quando se decidirá a sucessão do premiê, no cargo desde 2008.

Com agências internacionais



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