São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IRAQUE SOB TUTELA

Para o "Post", presidente perdeu a chance de ser sincero com os americanos ao justificar a guerra

Bush é criticado por ligar Iraque ao 11/9

DA REDAÇÃO

Políticos e jornais censuraram o presidente americano, George W. Bush, por tentar justificar a ação americana no Iraque vinculando-a à guerra ao terror pós-11 de Setembro em seu discurso de anteontem. Os críticos também afirmaram que o pronunciamento não respondeu às questões dos americanos sobre como vencer a insurgência ou quando os soldados poderão voltar para casa.
Em editorial, o jornal "The Washington Post" afirmou que o presidente "perdeu outra vez a oportunidade de ser sincero com os americanos".
Bush citou o 11 de Setembro cinco vezes, o que rendeu críticas. Em editorial, o jornal "The New York Times" afirmou esperar que Bush "resistisse à tentação de levantar a sangrenta bandeira do 11 de Setembro para justificar uma guerra em um país que não tinha nada a ver com os ataques."
A líder do partido democrata na Câmara, Nancy Pelosi, também protestou. "As referências constantes aos ataques do 11 de Setembro mostram a fraqueza de seus argumentos. Ele está determinado a explorar o 11 de Setembro, sabendo que não há conexão entre ele e a Guerra do Iraque."
A Casa Branca acusa os democratas de descaracterizar as referência de Bush ao 11 de Setembro. Segundo o porta-voz Scott McClellan, o presidente citou os ataques para explicar por que é importante realizar ataques para combater ameaças.
Horas depois do discurso otimista, o Departamento de Estado disse que o Iraque é perigoso demais para viajantes americanos, em comunicado citando ataques, assassinatos e seqüestros.

Iraque
Em território iraquiano, ao menos 13 pessoas morreram. Em Tal Afar, próximo a Mossul (norte), disparos de morteiros mataram quatro civis e feriram 21. Na mesma cidade, forças iraquianas mataram quatro insurgentes.
O Exército dos EUA afirmou ter matado acidentalmente o jornalista iraquiano Ahmed Wael al Bakri, anteontem em Bagdá, após seu carro ter se aproximado de um comboio militar americano.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Afeganistão: Granada de rebeldes derrubou helicóptero
Próximo Texto: FBI passará por reestruturação
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.