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EUA e Taleban
se reuniram 20
vezes em 3 anos
DA REDAÇÃO
Funcionários do governo norte-americano se encontraram pelo menos 20 vezes em três anos
com representantes do Taleban
para negociar a entrega de Osama
bin Laden, disse ontem o jornal
"The Washington Post".
Baseada em fontes próximas às
negociações frustradas, a reportagem do "Post" afirma que as discussões continuaram até poucos
dias antes dos ataques de 11 de setembro a Nova York e Washington. Para os EUA, Bin Laden é o
principal suspeito de planejar os
atentados.
Durante as negociações, os representantes do Taleban sugeriram várias vezes que entregariam
Bin Laden, mas não convenceram
os funcionários do governo norte-americano de que estavam falando sério ou poderiam cumprir
sua promessa de entregar seu
"hóspede", disse o "Post".
As reuniões foram realizadas no
Afeganistão, no Paquistão, na
Alemanha e nos EUA e, em um
certo momento, levaram a uma
conversa telefônica entre um funcionário de médio escalão do Departamento de Estado e o líder do
Taleban, mulá Mohamad Omar.
Os EUA começaram a pressionar o Taleban, grupo extremista
islâmico que controla a maior
parte do território afegão, a expulsar Bin Laden do Afeganistão depois dos atentados às embaixadas
norte-americanas no Quênia e na
Tanzânia, em 1998, que mataram
224 pessoas, incluindo 12 americanos. Bin Laden foi indiciado pelos ataques.
No início de outubro, o presidente dos EUA, George W. Bush,
recusou terminantemente uma
oferta do Taleban de entregar Bin
Laden a um terceiro país.
"Especialistas em assuntos afegãos afirmam que, durante as negociações, os EUA nunca reconheceram a necessidade que os
membros do Taleban têm de "aarboj", a palavra em pashtu para
uma fórmula que salve as aparências", afirmou o diário.
Com agências internacionais
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