São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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Na reta final, McCain enfatiza segurança

DO ENVIADO A WASHINGTON

Ao lado de figuras conhecidas na área de segurança nacional, John McCain produziu ontem um evento para apresentar seus pontos de vista de maneira enfática sobre esse assunto. É mais uma parte da estratégia de se diferenciar do adversário Barack Obama em temas considerados relevantes para o eleitorado mais conservador.
Em Tampa, na Flórida, onde passou a maior parte do dia, McCain afirmou que o país passa por um momento de grande dificuldade econômica, mas essa crise será superada. "Mas quando esse dia chegar, e as preocupações por causa da crise financeira tiverem passado, nós teremos no nosso país os mesmos grandes desafios e perigos que sempre estiveram conosco (...) E em tempos de guerra, em momentos de perigo para o nosso país e para o mundo, não podemos podemos perder de vista esses desafios", disse.
Ao seu lado nesse evento, McCain teve o que sua campanha descreveu como seus "assessores de segurança nacional". Entre outros, os senadores Lindsey Graham e Joe Lieberman (esse último um independente e ex-democrata), e o ex-governador da Pensilvânia Tom Ridge.
A reunião foi apresentada à mídia como uma mesa redonda sobre segurança nacional. Alguns dos convidados não apareceram, apenas telefonaram e falaram com McCain -como os ex-secretários de Estado (ministros das Relações Exteriores) Lawrence Eagleburger e George Shultz.
O republicano fez questão também de mencionar que conversa com regularidade com Henry Kissinger, ex-secretário de Estado e uma das pessoas que ajudaram a negociar a libertação de McCain de uma prisão em Hanói, onde o político ficou preso cinco anos na Guerra do Vietnã.
"Esses estadistas estão me apoiando porque nós compartilhamos das mesmas convicções, e da mesma avaliação dos desafios de segurança nacional para o nosso país", disse McCain num discurso lido ao final do evento. "E com boa razão, eles questionam se o meu oponente nesta eleição tem a sabedoria e a capacidade de julgamento para servir como comandante-em-chefe".
Em seguida, atendendo a uma clara orientação de sua campanha nesta fase final, McCain repetiu que Obama foi contra a remoção de Saddam Hussein do Iraque. Disse que "terroristas ainda estão tramando novos ataques pelo mundo, milhões de vidas inocentes estão em risco".
A idéia é diferenciar-se ao máximo de Obama e apelar para os sentimentos mais nacionalistas e conservadores do eleitorado.
(FR)



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