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Na reta final, McCain enfatiza segurança
DO ENVIADO A WASHINGTON
Ao lado de figuras conhecidas na área de segurança nacional, John McCain produziu ontem um evento para apresentar
seus pontos de vista de maneira
enfática sobre esse assunto. É
mais uma parte da estratégia de
se diferenciar do adversário Barack Obama em temas considerados relevantes para o eleitorado mais conservador.
Em Tampa, na Flórida, onde
passou a maior parte do dia,
McCain afirmou que o país passa por um momento de grande
dificuldade econômica, mas essa crise será superada. "Mas
quando esse dia chegar, e as
preocupações por causa da crise financeira tiverem passado,
nós teremos no nosso país os
mesmos grandes desafios e perigos que sempre estiveram conosco (...) E em tempos de guerra, em momentos de perigo para o nosso país e para o mundo,
não podemos podemos perder
de vista esses desafios", disse.
Ao seu lado nesse evento,
McCain teve o que sua campanha descreveu como seus "assessores de segurança nacional". Entre outros, os senadores Lindsey Graham e Joe Lieberman (esse último um independente e ex-democrata), e o
ex-governador da Pensilvânia
Tom Ridge.
A reunião foi apresentada à
mídia como uma mesa redonda
sobre segurança nacional. Alguns dos convidados não apareceram, apenas telefonaram e
falaram com McCain -como os
ex-secretários de Estado (ministros das Relações Exteriores) Lawrence Eagleburger e
George Shultz.
O republicano fez questão
também de mencionar que
conversa com regularidade
com Henry Kissinger, ex-secretário de Estado e uma das
pessoas que ajudaram a negociar a libertação de McCain de
uma prisão em Hanói, onde o
político ficou preso cinco anos
na Guerra do Vietnã.
"Esses estadistas estão me
apoiando porque nós compartilhamos das mesmas convicções, e da mesma avaliação dos
desafios de segurança nacional
para o nosso país", disse
McCain num discurso lido ao
final do evento. "E com boa razão, eles questionam se o meu
oponente nesta eleição tem a
sabedoria e a capacidade de julgamento para servir como comandante-em-chefe".
Em seguida, atendendo a
uma clara orientação de sua
campanha nesta fase final,
McCain repetiu que Obama foi
contra a remoção de Saddam
Hussein do Iraque. Disse que
"terroristas ainda estão tramando novos ataques pelo
mundo, milhões de vidas inocentes estão em risco".
A idéia é diferenciar-se ao
máximo de Obama e apelar para os sentimentos mais nacionalistas e conservadores do
eleitorado.
(FR)
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