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Família "volta" aos tempos bíblicos
em Jerusalém
Um família norte-americana reza e aguarda o fim do mundo vivendo nos tempos bíblicos da
Terra Santa, sem eletricidade, gás
ou água corrente em casa.
Os sete membros da família e
dois amigos criam galinhas e cuidam da plantação de azeitonas no
monte Gerizim, na Cisjordânia.
"Creio na chegada do Juízo Final e em que todos nós seremos
julgados", afirma Ader White, 39,
mãe de cinco crianças.
"Aguardamos (o fim dos tempos). E, se morrermos esperando,
não há problema algum", diz o
britânico John Kohath, 74.
Para eles, o final do mundo virá
daqui a três ou quatro meses. "O
milênio de Jeová começa em março ou abril. Depende da primeira
lua cheia. Estamos convencidos
de que será em Jerusalém que a
arca perdida será encontrada, numa caverna na cidade antiga", explica Ader.
Ex-membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ader tinha uma
casa com seis quartos em Detroit
(EUA). Decidiu mudar o nome
-antes, chamava-se Darcy- e
morar num quarto simples de cimento, sem pagar aluguel. Ela toma conta das oliveiras de um palestino em troca da habitação.
Crianças sem escola
Esse é o 38º local onde a família
White vive desde que venderam
todos os seus bens e vieram a Israel, há cinco anos. "Eu fui considerada lunática porque não era
uma cristã comum. Por que deveríamos ser chamados de fanáticos
se nos vestimos como está escrito?"
As crianças nunca foram à escola. Matthew, 15, o filho mais velho,
diz sentir falta de apenas uma coisa dos EUA: "A grama verde para
os animais".
O grupo é vegetariano e a cozinheira, uma ex-professora de piano no Texas, prepara a comida à
lenha. "Quando vim para cá, mudei de nome porque percebi que
Roxy não combina com Israel",
afirma Rivkah Olson, 63, que decidiu adotar um nome hebraico.
Os White evitam meios modernos de transporte e preferem caminhar ou viajar de burro. Para
Jerusalém, são 17 horas a pé, afirmam. Como consideram fotos
uma idolatria, queimaram os passaportes quando chegaram a Israel.
(PDF)
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