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ORIENTE MÉDIO
Ato contra o "plano Gaza" reúne 130 mil
Israel sairá de cinco cidades na
Cisjordânia e anistiará fugitivos
DA REDAÇÃO
Israel se retirará de cinco cidades da Cisjordânia ainda nesta semana e concederá uma anistia aos
militantes palestinos considerados fugitivos no território, disseram autoridades palestinas após
encontro com o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz.
Essas medidas contribuem para
o cenário positivo na região, no
qual Israel vem dando um crédito
de confiança para o presidente da
ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, que tem
se esforçado para impedir ataques
terroristas contra israelenses.
"Eu acredito que essa seja uma
oportunidade para criarmos uma
nova realidade", disse Mofaz após
se reunir com Mohammed Dahlam, principal assessor de Abbas
para a área de segurança.
Pelo lado palestino, o premiê
Ahmed Korei classificou o encontro Dahlam-Mofaz como "um
grande sucesso". As cinco cidades
palestinas das quais Israel deve se
retirar são Ramallah, Tulkarem,
Qalqylia, Jericó e Belém.
A anistia dos perseguidos por
Israel ajuda Abbas a cumprir a
sua promessa de campanha para
a Presidência -ele foi eleito no
dia 9. O novo presidente palestino
disse na época que os fugitivos seriam reintegrados à sociedade palestina sem o risco de serem perseguidos pelos israelenses.
Saeb Erekat, principal negociador palestino, diz que o objetivo
agora é convencer Israel a voltar
para as posições anteriores à eclosão da Intifada (levante palestino), há mais de quatro anos. Os israelenses afirmam que o desejo
palestino somente será realizado
se a calma persistir nos territórios
por um período mais longo.
Já faz mais de dez dias que não
ocorrem graves episódios de violência envolvendo palestinos e israelenses.
Além disso, o presidente palestino negocia com os grupos terroristas uma trégua nas ações contra Israel. Na prática, tanto as organizações como Israel já vivem
um cessar-fogo temporário.
Autoridades palestinas e israelenses também disseram ontem
que Abbas deverá se reunir com o
premiê Ariel Sharon no dia 8. Porém a data ainda não foi confirmada oficialmente.
Em Beirute, o líder grupo extremista islâmico Hizbollah -considerado terrorista pelos EUA e
por Israel-, xeque Hassan Nasrallah, e o principal líder do grupo
terrorista Hamas, Khaled Meshaal, divulgaram comunicado informando que manterão a resistência contra os israelenses.
Não ficou claro, porém, se o Hamas estaria abandonando a trégua temporária.
Manifestação de colonos
Cerca de 130 mil manifestantes
-a maior parte deles colonos judeus- realizam desde ontem
uma grande manifestação em Jerusalém contra o plano de retirada dos assentamentos judaicos da
faixa de Gaza e de quatro isolados
na Cisjordânia, que deve ser levado adiante por Sharon. O protesto
deveria durar 24 horas, encerrando-se apenas hoje.
Com agências internacionais
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