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No gabinete de
Arafat, slogan
diz "não passarão"
DA REUTERS
Assessores de Iasser Arafat disseram ontem que os
soldados israelenses estão a
apenas uma porta do escritório particular do líder palestino, depois de uma noite
de bombardeio e tiroteio
contínuos em seu quartel-general.
Arafat passou a noite na
escuridão depois que os soldados de Israel que cercaram o complexo, em Ramallah (Cisjordânia), cortaram
a eletricidade e as linhas telefônicas. Segundo os assessores, as condições no prédio
estão piorando.
De acordo com eles, as tropas israelenses estavam gradualmente apertando o cerco a Arafat e a uns poucos
homens próximos do presidente da Autoridade Nacional Palestina.
"Não passarão"
Arafat, habituado a situações de risco durante sua
longa trajetória, mantinha-se desafiador.
Tawfiq al-Tirawi, chefe da
inteligência palestina na Cisjordânia, disse à TV Al Jazeera, do Qatar, que as forças
especiais de Israel abriram
caminho a tiros até a porta
que dá acesso ao escritório
privado de Arafat. Dois
guarda-costas do líder palestino ficaram feridos nessa
ação.
"Nós não apenas passamos a noite sob cerco, mas
sob contínuo bombardeio",
disse Tirawi. Questionado
sobre como Arafat passou a
noite, ele disse: "Como todos
nós. Não há luz elétrica nem
água. Tudo o que podemos
fazer é resistir".
O chefe de gabinete de
Arafat, Hassan Asfour, disse:
"Eles cortaram tudo [de
Arafat], menos sua vontade".
Os assessores de Arafat
trataram de cobrir as paredes com slogans para elevar
o moral. "Não passarão", diz
um deles, desenhado em
grandes letras árabes na porta do gabinete.
Segundo pessoas que
acompanharam o cerco,
Arafat e seus funcionários
não têm mantimentos suficientes para permanecer
muito tempo sob cerco.
Elas disseram também que
o líder palestino ajudou pessoalmente a atender os feridos nos combates. Segundo
essas testemunhas, Israel
impediu que as vítimas fossem levadas a um hospital.
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