São Paulo, terça, 31 de março de 1998

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Brasil não destina verba

LUCIA REGGIANI
da Reportagem Local

A discussão sobre o ajuste dos computadores de órgãos públicos para a virada do ano 2000 ainda não chegou ao item recursos.
Na esfera federal, o Mare (Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado), responsável pelo acompanhamento do projeto ano 2000, recomenda a cada órgão rearranjar o orçamento de informática.
Até porque não há outra saída -o Orçamento da União de 98, aprovado em 97, não contemplou recursos para a correção do bug do milênio.
"Para o Orçamento de 1999, o Mare está procurando sensibilizar os ministérios da Fazenda e do Planejamento para a questão", diz Gilson Lariú, diretor do departamento de serviços de rede do ministério.
No momento, o Mare prepara uma página na Internet com informações sobre o andamento do ajuste em cada órgão. A página, de acesso liberado ao público, deverá entrar no ar dentro de três semanas.
No âmbito estadual, a situação não é muito diferente. Cada órgão vem procurando encontrar um meio de se ajustar sem mexer em seu orçamento.
A Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), por exemplo, tem cerca de 25 milhões de linhas de programas para ajustar, a um custo estimado de R$ 1,00 por linha.
"Nosso maior problema é a folha de pagamento, que sofre muitas alterações ao longo do tempo. São mudanças do Executivo, do Legislativo e de sentenças judiciais", diz René Lapyda, diretor de informática.
Só a manutenção do sistema de folha de pagamento envolve 50 técnicos no dia-a-dia e, por ser muito específico, a Prodesp não tem como terceirizar.



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