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Brasil não
destina verba
LUCIA REGGIANI
da Reportagem Local
A discussão sobre o ajuste
dos computadores de órgãos públicos para a virada
do ano 2000 ainda não chegou ao item recursos.
Na esfera federal, o Mare
(Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado), responsável pelo
acompanhamento do projeto ano 2000, recomenda a
cada órgão rearranjar o orçamento de informática.
Até porque não há outra
saída -o Orçamento da
União de 98, aprovado em
97, não contemplou recursos para a correção do bug
do milênio.
"Para o Orçamento de
1999, o Mare está procurando sensibilizar os ministérios da Fazenda e do Planejamento para a questão",
diz Gilson Lariú, diretor do
departamento de serviços
de rede do ministério.
No momento, o Mare
prepara uma página na Internet com informações sobre o andamento do ajuste
em cada órgão. A página,
de acesso liberado ao público, deverá entrar no ar dentro de três semanas.
No âmbito estadual, a situação não é muito diferente. Cada órgão vem procurando encontrar um meio
de se ajustar sem mexer em
seu orçamento.
A Prodesp (Companhia
de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), por exemplo, tem cerca
de 25 milhões de linhas de
programas para ajustar, a
um custo estimado de R$
1,00 por linha.
"Nosso maior problema é
a folha de pagamento, que
sofre muitas alterações ao
longo do tempo. São mudanças do Executivo, do
Legislativo e de sentenças
judiciais", diz René Lapyda, diretor de informática.
Só a manutenção do sistema de folha de pagamento
envolve 50 técnicos no
dia-a-dia e, por ser muito
específico, a Prodesp não
tem como terceirizar.
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