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Havana mantém resistência à produção de biocombustíveis
Ministro ecoa artigos de Fidel, que vê risco de fome
DA ENVIADA A HAVANA
Se o governo cubano se mostra entusiasmado com as promessas de parceria brasileira
-um dos planos de Raúl Castro, dizem os analistas, é justamente ampliar as relações bilaterais da ilha e diminuir a dependência venezuelana-, há
um assunto para o qual Havana
é irredutível: a produção de
biocombustíveis.
Questionado ontem sobre o
tema, o ministro de Comércio
Exterior, Raúl de La Nuez, foi
taxativo: "É uma posição publica nossa. Não achamos que a
produção de biocombustíveis
seja o melhor para nós", disse.
Depois, Nuez ponderou que
Cuba e Brasil tinham "características muito diferentes", insinuando que não condenava a
promoção do álcool de cana,
uma das principais apostas do
governo Lula.
Afastado do poder formal
desde 2006, Fidel Castro tem
desde então atacado os biocombustíveis em artigos -segundo ele "causadores de fome", em especial o álcool feito a
partir do subsidiado milho
americano, mesmo antes de organismos multilaterais sugerirem a ligação entre essa produção e a alta dos alimentos.
Cuba sustenta o veto ao projeto em larga escala -admite
projetos experimentais-, mesmo tendo uma larga tradição
no plantio de cana. A área dedicada à cana está em queda, embora tenham aumentado as exportações de açúcar para a China, segundo maior parceiro comercial do país caribenho.
(FM)
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