São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Havana mantém resistência à produção de biocombustíveis

Ministro ecoa artigos de Fidel, que vê risco de fome

DA ENVIADA A HAVANA

Se o governo cubano se mostra entusiasmado com as promessas de parceria brasileira -um dos planos de Raúl Castro, dizem os analistas, é justamente ampliar as relações bilaterais da ilha e diminuir a dependência venezuelana-, há um assunto para o qual Havana é irredutível: a produção de biocombustíveis.
Questionado ontem sobre o tema, o ministro de Comércio Exterior, Raúl de La Nuez, foi taxativo: "É uma posição publica nossa. Não achamos que a produção de biocombustíveis seja o melhor para nós", disse.
Depois, Nuez ponderou que Cuba e Brasil tinham "características muito diferentes", insinuando que não condenava a promoção do álcool de cana, uma das principais apostas do governo Lula.
Afastado do poder formal desde 2006, Fidel Castro tem desde então atacado os biocombustíveis em artigos -segundo ele "causadores de fome", em especial o álcool feito a partir do subsidiado milho americano, mesmo antes de organismos multilaterais sugerirem a ligação entre essa produção e a alta dos alimentos.
Cuba sustenta o veto ao projeto em larga escala -admite projetos experimentais-, mesmo tendo uma larga tradição no plantio de cana. A área dedicada à cana está em queda, embora tenham aumentado as exportações de açúcar para a China, segundo maior parceiro comercial do país caribenho. (FM)


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