São Paulo, Sábado, 31 de Julho de 1999
Texto Anterior | Índice

EUA
Fitas alimentaram o processo de impeachment de Clinton
Justiça indicia Linda Tripp por gravações ilegais com Lewinsky

das agências internacionais

A Justiça do Estado de Maryland (leste dos EUA) indiciou ontem Linda Tripp, a ex-amiga que gravou conversas telefônicas em que a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky falava sobre seu relacionamento amoroso com o presidente Bill Clinton.
Tripp, ex-assistente jurídica da Casa Branca, é acusada de violar leis estaduais sobre "grampo" telefônico. Terá de responder judicialmente por ter gravado conversas com Lewinsky sem a autorização dela e também por ter entregue as fitas para a revista "Newsweek".
Por cada uma das acusações, Tripp, se condenada, pode pegar até cinco anos de prisão, além de ser multada em US$ 10 mil.
Os advogados de Tripp argumentam que ela recebeu imunidade em troca de ajuda ao promotor independente Kenneth Starr durante as investigações do caso Monica Lewinsky.
Não poderia, assim, ser julgada pelo "grampo" telefônico. "A imunidade será um problema", disse o promotor de Maryland Stephen Montanarelli. "Mas lidaremos com isso no futuro."
A divulgação das fitas gravadas por Tripp deram impulso às investigações do promotor Kenneth Starr com a finalidade de conseguir o impeachment do presidente Clinton.
Com base no relatório de Starr, Clinton foi processado pelo Congresso, por acusações de ter dado falso testemunho sob juramento e de obstrução de Justiça.
As acusações foram aprovadas pela Câmara dos Representantes (deputados), mas foram rejeitadas pelo Senado, em fevereiro, o que evitou o impeachment.


Texto Anterior: Bósnia e Croácia reconhecem fronteiras
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.