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ORIENTE MÉDIO
Reinício de relações diplomáticas, que marca nova aliança na região, pode se concretizar ainda neste ano
Síria e Iraque reatam laços, diz jornal
das agências internacionais
Síria e Iraque decidiram reatar
relações diplomáticas, após 17
anos de rompimento. A informação foi publicada pelo diário "Al
Arab al Iom", de linha independente, da Jordânia.
A aproximação já vinha se concretizando havia alguns meses e
representa uma mudança importante na geopolítica do Oriente
Médio -acredita-se que os dois
países deixaram sua rivalidade de
lado temendo uma aliança entre
Turquia e Israel, que mantêm
acordos militares.
Fontes diplomáticas citadas pelo
diário dizem que até o final do ano
os dois países vão trocar embaixadores. Os presidentes da Síria, Hafez al Assad, e do Iraque, Saddam
Hussein, pertencem a facções adversárias do partido Baath, nacionalista árabe.
Irã
As relações entre os dois países
foram rompidas quando a Síria
decidiu apoiar o Irã na guerra contra o Iraque. Nas últimas semanas,
também surgiram sinais de reaproximação entre Irã e Iraque
-como a decisão iraquiana de
permitir a peregrinos xiitas do Irã
que visitem santuários islâmicos
em seu território.
A informação sobre as novas relações entre Síria e Iraque surgiram no mesmo dia em que o Irã
pediu novas alianças estratégias na
região. Os dois movimentos não
têm relação, mas podem sinalizar
a intenção de Síria, Iraque e Irã
(países acusados pelo Ocidente de
apoiar o terrorismo islâmico) de
formar um grande bloco militar islâmico.
O ministro iraniano da Defesa,
contra-almirante Ali Chamkhani,
pediu que os países do golfo Pérsico desenvolvam "um novo dispositivo de segurança, sem a presença de forças estrangeiras", segundo a agência oficial "Irna".
Ele se referia especificamente à
presença de tropas norte-americanas, que têm na Arábia Saudita um
importante aliado na região.
Para o ministro, "qualquer medida suscetível de pôr fim à presença de forças estrangeiras, especialmente norte-americanas, no
golfo pode diminuir a tensão na
região".
A eleição do moderado Mohammad Khatami para a Presidência
do Irã trouxe a expectativa de melhoras nas relações entre Irã e seus
adversários regionais.
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