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ONU
Lista de bens que Bagdá não pode comprar cresce
DA REDAÇÃO
O Conselho de Segurança (CS)
da ONU, a pedido dos EUA, aprovou uma resolução ontem expandindo a lista de produtos de uso
civil que o Iraque não pode importar sem prévia autorização do
CS. O texto passou por 13 votos a
0 -Rússia e Síria, entre os 15 votantes, se abstiveram.
O representante da Síria, Mikhail Wehbe, disse que Damasco
não quis votar porque teme que a
resolução venha a dificultar ainda
mais a vida da população iraquiana. Já o embaixador russo, Sergei
Lavrov, afirmou que Moscou é
contra as limitações à importação
de caminhões -segundo ele, a
medida ameaça causar colapso
nos transportes iraquianos.
Mas os EUA e seu sócio na apresentação da resolução, o Reino
Unido, disseram que o texto impõe mais garantias contra a importação de bens civis que podem
ser eventualmente usados para
fins militares.
Washington e Londres disseram que Bagdá não deve interpretar a falta de consenso na votação
como um sinal de divisões no CS a
respeito da obrigação do Iraque
de eliminar suas armas de destruição em massa.
O enviado do Iraque, Mohammed Ali, disse que a resolução vai
agravar o sofrimento dos iraquianos, cujo país está sob embargo
da ONU desde que invadiu o
Kuait, em 1990.
A resolução modifica uma "lista
revista de bens", de 300 páginas,
negociada longamente por integrantes do CS em maio, mas reaberta no mês passado por insistência de Washington.
Os EUA conseguiram aprovar
adições à lista, como drogas (que
poderiam ser usadas para proteger soldados de armas químicas e
biológicas) e barcos (os EUA temem que sirvam como bombas
contra navios americanos).
Ontem, os inspetores de armas
da ONU visitaram sete locais suspeitos no Iraque. O chefe de uma
fábrica de mísseis, Mohammad
Hussein, acusou a equipe de agir
como "gângsteres". "Um grupo
de 25 inspetores invadiu a fábrica,
de um jeito que eu nunca vi, similar a uma gangue", declarou.
Com agências internacionais
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