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São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

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EUROPA

Irlanda assume UE priorizando crise com EUA

DA REUTERS

Depois de conturbados seis meses sob o comando da Itália do premiê Silvio Berlusconi, a Irlanda assume amanhã a presidência rotativa da União Européia (UE) priorizando o fortalecimento das relações entre Europa e EUA, estremecidas por divergências com relação à Guerra do Iraque.
Durante este ano, milhões de europeus participaram de protestos contra a invasão liderada pelos EUA. Segundo uma pesquisa de opinião feita recentemente nos países da UE, muitos consideram Washington a maior ameaça à paz mundial.
"Tudo o que se ouve é sobre áreas de divergência", disse o chanceler irlandês, Brian Cowen, em entrevista ao jornal "Irish Independent" publicada ontem. "É terrivelmente importante para o bem dos dois lados que nós tenhamos uma boa relação."
Além da Guerra do Iraque, houve sérias divergências também com respeito à maior capacidade de defesa européia e ao Protocolo de Kyoto, acordo internacional destinado a combater o aquecimento global.
Mas foi a Guerra do Iraque que estremeceu mais a relação, sobretudo com a oposição da França e da Alemanha à invasão, entre outros dos 15 países do bloco.
A Irlanda é um dos mais fiéis aliados dos EUA na Europa, mas o governo do país sofreu duras críticas internas ao permitir que aviões militares americanos em direção o Iraque utilizassem um aeroporto local.
O próximo encontro de cúpula entre os EUA e a UE será realizado no fim da presidência irlandesa, mas Cowen assegurou que a reunião começará a ser preparado imediatamente.


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