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A dica é não ser chato e insistente

Como a regra da Anatel exige autorização do consumidor, cadastro ajuda a não errar a mão

DE SÃO PAULO

Na dúvida entre mandar vários SMS para os pais dos alunos e ser invasivo, ou enviar poucos e não passar a informação completa, Dagoberto Pinto, 48, diretor de marketing do Colégio Renovação, optou por uma terceira via: criar um código de conduta e padronizar as mensagens de texto enviadas.

"Não podemos mandar torpedo sem necessidade, nem nos fins de semana e nem à noite. O recurso não pode ser visto como uma 'encheção de saco'", afirma o diretor.

Entre os recados enviados pela escola aos pais estão horários de reunião com os professores, datas de início das aulas, avisos sobre passeios escolares e eventos gratuitos. Divulgação de cursos pagos e promoções em época de matrícula, contudo, são vetadas.

"Temos outras ferramentas para publicidade, como e-mail e anúncios. O celular é muito pessoal para o envio de propaganda", afirma.

Com o SMS, o diretor diz ter aprimorado a comunicação entre os pais e a escola. Hoje, "há menos dúvidas sobre os procedimentos internos adotados pela instituição".

PERSONALIZADO

Para o torpedo ser atraente, o conteúdo pode ter caráter personalizado e oferecer algum serviço gratuito, como horóscopo para supersticiosos ou frases bíblicas para religiosos, exemplifica Sandro Ari Pinto, sócio da CiaGroup, agência de marketing.

"O segredo [do SMS] é fazer com que ele seja lido com prazer", afirma o executivo.

Com mais de 140 mil cadastros no banco de dados, Rosângela Barchetta, 35, dona da rede de salões Studio W, tem um sistema que organiza os clientes por perfil. Ou seja, separa mulheres dos homens, e loiras das morenas.

A estratégia, explica Barchetta, ajuda na hora de enviar SMS "mais certeiros".

"Não adianta oferecer hidratação capilar para um careca", brinca a empresária, que diz mandar até dez mensagens mensais por cliente "para não ficar chato".

Segundo Ricardo Cavallini, especialista em "mobile marketing" e autor do livro "#Mobilize" (leitura gratuita em www.mobilizebook.com.br), para não ser ignorado, o torpedo precisa ser relevante e útil para o destinatário.

"Quando uma empresa me envia SMS dizendo parabéns pelo Dia do Consumidor, parece uma tia com quem não tenho intimidade me ligando. Já quando recebo SMS informando o horário em que um serviço será realizado, é pertinente", compara o autor.

EFICIÊNCIA

Para medir a eficiência do SMS também não há segredo. Basta fazer um "tira-teima" com os clientes. "Conversando com eles, é possível avaliar quais estratégias dão certo e quais precisam ser reformuladas", argumenta Sandro Ari Pinto, da CiaGroup.

Indeciso sobre quantos SMS mandar por mês? Vale o bom e velho bom-senso. "Não há número certo de mensagens. A quantidade varia conforme a necessidade de envio de informações pela empresa." E o interesse do consumidor em recebê-las, é sempre bom lembrar.

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