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Na negociação, grifes ganham exclusividade, e fornecedores vêem chance de consolidar marca
Famosos preferem parceiro pequeno
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os estilistas estão longe de ser
"bichos-papões" e preferem negociar com pequenos e médios
fornecedores, que aceitam fazer
séries limitadas de suas encomendas para manter seus estilos.
Raileuza Souza Santos, 38, dona
do Estúdio 19 (terceirização de
confecções), é um caso. Foi apresentada a Renato Kherlakian, da
Zoomp, por um assistente do estilista que a conhecera num curso.
Hoje ela produz as peças da marca. "Esse bloqueio é aparente. Todos os grandes estilistas estão
abertos a novas idéias, desde que
sejam criativas e de qualidade."
O Estúdio 19 tem oito funcionários e já trabalha com cerca de 30
costureiras terceirizadas.
O estilista Eduardo Suppes conta que prefere os pequenos fornecedores, pois com eles ganha
atenção especial. "Eles chegam a
diminuir a própria produção para
se dedicar ao meu pedido." Um
exemplo citado por Suppes é a estamparia 7 Céus, que acerta sempre o toque que ele quer no tecido.
Já Reinaldo Lourenço pensava
em fazer uma coleção usando pele
de avestruz, mas as peças importadas eram muito caras. "Um dia,
fazendo uma busca na internet,
achei a Aravestruz, um criador
dessas aves em Araçatuba [SP].
Acertamos uma parceria, que resultou nessa nova coleção."
Maurício Lupifieri, dono da
Aravestruz, conta que cria as aves,
faz o abate e o curtume da peça.
"A parte preferida das confecções
é um pedaço da pele com cerca de
70 cm, com folículos naturais, que
personalizam o couro", revela.
Ivani da Silva, gerente comercial
da Treviso, fábrica de bolsas e cintos de couro, procurou o estilista
Mareu Nitschke. A aliança veio na
nova coleção, que foi desenvolvida com o designer na fábrica.
"Acreditamos que a marca ficará
mais conhecida", analisa Silva.
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