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O que você faz quando precisa comprar material para ampliar ou mobiliar a sua companhia? Além das opções mais tradicionais, como as lojas especializadas ou os anúncios de classificados, outra alternativa vem ganhando destaque no mercado: os leilões.
As casas leiloeiras oferecem diversas possibilidades. Os lotes comercializados trazem desde aviões, locomotivas e imóveis comerciais até objetos indispensáveis ao dia-a-dia das empresas, como móveis, computadores, impressoras e luminárias.
A variedade traz prós e contras. Por um lado, é possível encontrar de tudo nos leilões, mas, por outro, a compra exige paciência.
O maior atrativo é a economia. Empresários que abasteceram suas companhias em leilões dizem não se arrepender, e o motivo é simples: gastaram até 50% a menos do que o esperado.

Olho clínico
Alcides Rama, sócio de uma empresa de envasamento de aerossóis, montou toda a estrutura dos 5.500 m2 onde a indústria funciona com material de leilão.
Da cerca ao azulejo que cobre a parede, das plantas artificiais às mesas e às cadeiras, tudo foi comprado dessa forma. "Vale a pena, mas você tem de ter olho crítico e clínico para aproveitar tudo", diz.
Como o material vendido em leilões já passou antes por grandes empresas que estão trocando seus equipamentos, muitas vezes as peças precisam ser reformadas ou adaptadas. Para tanto, Rama mantém, dentro da sua indústria, uma oficina dedicada a esse fim.
Apesar do trabalho, ele afirma que vale a pena. "Muitas empresas grandes não têm a estrutura que eu tenho hoje, e isso graças aos leilões", declara o empresário.
Mas deve-se ter em mente que as peças não podem ser testadas antes de adquiridas, não têm garantia, e o pagamento é feito na hora do lance.
Como as vendas são feitas em lotes fechados, peças úteis vêm acompanhadas de outras nem tanto. Cabe ao empresário estabelecer a relação de custo-benefício. "Já comprei um lote de 300 luminárias, das quais só cinco funcionavam. Mesmo assim, paguei menos do que se comprasse as cinco em uma loja", afirma Rama.
Para acompanhar o calendário das disputas, é possível consultar os sites de leiloeiros na internet.
(RENATO ESSENFELDER)