São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004


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SETOR EDITORIAL

Para ampliar visibilidade em feiras e obter espaço, estratégia é trabalhar em grupo

Pequenas somam 75% do mercado

Fernando Moraes/Folha Imagem
A paranaense Edições Sabida busca visibilidade no mercado participando de grandes feiras


DA REDAÇÃO

A presença de pequenas e médias editoras no mercado é representativa: elas já somam 75% das 500 que estão atualmente ativas, segundo cálculo da Libre (Liga Brasileira de Editoras), que reúne organizações desse porte.
Na 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que foi encerrada no último dia 25, apesar de a organização do evento apontar queda no faturamento geral de até 10%, pequenas e médias tiveram, pelo menos, duas boas notícias.
A primeira veio da própria Libre, que há duas semanas passou a contabilizar 88 filiados (até então, eram 66). A segunda veio em forma de uma assinatura de parceria com a Feira de Frankfurt -a maior do setor, que será realizada em outubro na Alemanha.
Com o acordo, os associados da Libre estarão presentes em um estande coletivo e farão parte do catálogo oficial da feira. "Isso vai ampliar nossa visibilidade, já que ele e o anuário de Frankfurt funcionam como uma espécie de guia do mercado em todo o mundo", afirma Angel Bojadsen, 47, diretor editorial da Estação Liberdade e presidente da Libre.

De mãos dadas
Associar-se para obter mais visibilidade tem sido a estratégia desse nicho. "É o melhor caminho para encontrarmos nossos espaços no mercado. Muitas vezes não conseguíamos expor os títulos para nossos leitores. Agora, dessa maneira, damos mais vazão aos produtos. Isso não resolve nossos problemas, mas nos fortalece", pondera Bojadsen.
Vinda do Paraná, a Edições Sabida, voltada para publicações infantis, procurou na Bienal paulista uma aproximação com o mercado. "O retorno foi muito interessante para nós. Registramos crescimento de 30% em relação à edição passada. Acredito que isso seja resultado do maior conhecimento que temos hoje em dia sobre o que o mercado quer", conta Sandra Heck, 38, diretora.
Em sua opinião, é fundamental que editoras pequenas que estão fora dos principais centros participem de grandes feiras para conhecer melhor a concorrência. "Marcamos presença no evento, oferecendo ao visitante uma diversidade de coleções", emenda.
Associar-se a uma editora maior na Bienal para dividir visibilidade e despesas foi a tática da Editora Olho D'Água, que tem como carro-chefe os livros do personagem "Deus" do cartunista Laerte. "A parceria com a Scortecci é positiva, pois temos a chance de aparecer mais, já que o estande é maior, e compartilhamos o público atraído por uma e pela outra", avalia o proprietário, Jorge Claudio Ribeiro.


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