Madeira, máquinas e pedra são os produtos vendidos por maior valor

MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em tempos de dólar desvalorizado, parece difícil ter sucesso vendendo produtos no exterior. Não é o que mostram dados de exportação compilados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e obtidos com exclusividade pela Folha.
Segundo o MDIC, a receita oriunda da exportação de produtos de micro e pequenas empresas de janeiro a junho deste ano foi 41,2% maior do que a gerada no mesmo período em 2006. O número de MPEs que exportaram cresceu 3,8%.
Ao avaliar esse resultado, deve-se levar em conta que entre 2004 e 2006 houve redução no número de micro e pequenas firmas que exportam e na receita gerada com a atividade.
Em 2006, os principais blocos de destino das exportações das MPEs foram a Aladi (Associação Latino-Americana de Integração), com 28,8%, a União Européia (24,7%) e os Estados Unidos (22,2%).
Os grupos de produtos exportados por valores maiores e por firmas de micro ou pequeno porte em 2006 foram madeira, máquinas e equipamentos mecânicos e pedras (como mármores e granitos.
"Móveis, obras de pedra, calçados e máquinas são produtos que os pequenos empresários vendem a valores mais expressivos", considera Fábio Martins Faria, diretor do departamento de planejamento e desenvolvimento do comércio exterior da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do MDIC.
Apesar do cenário otimista, a valorização do real em relação ao dólar é um fator que inquieta exportadores. "[Devido à taxa de câmbio], as empresas perdem competitividade", diz Milton Bogus, diretor do Dempi (Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Antes de cruzar fronteiras, porém, o empresário precisa estar atento a alguns pontos. A seguir, confira sete idéias de especialistas para que essa remessa traga lucro -e não prejuízo- na bagagem.


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