São Paulo, domingo, 07 de março de 2010


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DEGRAUS DA INOVAÇÃO

Parques tecnológicos viram aposta

Investimentos estadual e federal buscam integrar pesquisa científica e setor produtivo

Brito Jr./Folha Imagem
O diretor-executivo da Flight Technologies, Nei Salis Brasil Neto

RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um ambiente que concentra universidade, institutos de pesquisa e micro, pequenas, médias e grandes companhias. A reunião não é apenas física, mas estratégica: alianças entre esses "players" impulsionam o desenvolvimento e a criação de tecnologias e permitem que essas companhias se consolidem.
Conhecidos como parques tecnológicos, vários desses núcleos se expandem pelo Brasil. Em São Paulo, há 11 com credenciamento provisório no SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), iniciativa do governo do Estado de São Paulo para dar suporte a parques, atrair investimentos e promover a geração de novas empresas de base tecnológica. Outras 19 localidades também têm planos de implantação.
"É uma oportunidade de aproximar a pesquisa da universidade e o setor produtivo", avalia o secretário do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.
Na esfera federal, a criação e a consolidação de empresas intensivas em tecnologia em incubadoras e parques tecnológicos é ação prioritária do governo. Para 2010, a previsão é o lançamento de uma chamada pública de R$ 110 milhões para apoio a parques, segundo o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), Ronaldo Mota.
O orçamento do MCT prevê mais R$ 140 milhões, frutos de emendas parlamentares, para a implantação de parques nos Estados de Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Crescimento
O ministério estima que haja 74 iniciativas de parques tecnológicos no Brasil -25 delas em operação e o restante em processo de implantação ou em fase de elaboração de projetos.
Na avaliação de Mota, o cenário ideal -"mas fora da realidade"- seria o país contar com um parque em cada cidade com mais de 100 mil habitantes.
Para José Eduardo Fiates, presidente para a América Latina da Associação Internacional de Parques Científicos, ligada ao Conselho Econômico e Social da ONU, o Brasil comporta cerca de 100 empreendimentos desse gênero.
"O país experimentou o crescimento do número de empresas de base tecnológica. Os parques proporcionam acesso a mercados e ao conhecimento, atração de mão de obra e oferta de infraestrutura", diz Fiates.
O coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento de São Paulo, Pedro Bombonato, concorda que o ambiente criado é propício para empresas de qualquer porte. "Este é o charme: ele une pequenas, que estão começando, e grandes, que são âncoras, numa aproximação que é conduzida pelo gestores do parque."


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