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DEGRAUS DA INOVAÇÃO
Pesquisa e clientela direcionam empresa
Polo atrai mão de obra e estimula parceria com companhia-âncora
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira analogia que se
faz quando o tema é parque tecnológico é com um shopping
center. Como as empresas de
um mesmo segmento estão
reunidas em um único local,
têm a capacidade de atrair um
consumidor já direcionado.
"Por trás de uma grande empresa [a âncora do parque],
existe sempre uma cadeia de
pequenas empresas que são
suas fornecedoras", destaca José Raimundo Coelho, diretor
técnico do Parque Tecnológico
de São José dos Campos (a 97
km da capital), voltado às áreas
aeronáutica e espacial.
Lá, a âncora é a Embraer.
Junto a ela estão 30 micro, pequenas e médias empresas,
além de institutos de pesquisa
como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Não apenas o fornecimento
para as empresas parceiras,
mas a ampliação do leque de
clientes é uma das apostas dos
empresários que decidem instalar suas empresas em parques tecnológicos.
Apesar de o governo ser o
grande cliente da Flight Technologies (veículos aéreos não
tripulados), o diretor-executivo da firma, Nei Salis Brasil Neto, 28, diz que a união de um
grupo em torno de um tema comum é um dos trunfos para
atrair novos consumidores.
"Nosso desafio é ter uma carteira [de clientes] grande. E o
parque pode ajudar a alavancar
isso", destaca ele, cuja firma está instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos.
O retorno pode não ser imediato, mas a presença em um
empreendimento como esses
confere maior visibilidade à firma, destaca Ronaldo Nobrega,
sócio-diretor da Pam-Membranas Seletivas (membranas microporosas para filtragem).
"[O parque] se assemelha a
uma incubadora. O gestor quer
que a empresa cresça, que se
destaque", compara Nobrega.
Universidade
Porém, apesar de essa vitrine
para o mercado ser um atrativo
para a instalação da empresa no
Parque Tecnológico da UFRJ
(Universidade Federal do Rio
de Janeiro) - cujas prioridades
são as áreas de energia, ambiente e tecnologia da informação-, não foi esse o principal
motivo que direcionou o empresário na escolha do local.
A proximidade com a universidade, diz Nobrega, foi o maior
impulsionador. É dos bancos
da instituição que vêm parte
dos estagiários e dos alunos de
pós-graduação que abastecem
o quadro de colaboradores.
Localização
Motivo semelhante apresenta Maurício Lima, 34, diretor
de capacitação do Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain),
firma de pesquisa localizada no
Parque Tecnológico da UFRJ.
"Aproveitamento de talentos" da instituição de ensino,
esclarece ele, é um dos maiores
benefícios. Sem negar o "posicionamento "premium'" que a
localização confere à Ilos. "As
empresas pesquisadas conhecem, os parceiros também."
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