São Paulo, domingo, 07 de março de 2010


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gestão

"Coaching" começa a se expandir entre empreendedores

Profissional estimula empresário a buscar soluções

DA REPORTAGEM LOCAL

O "coaching", que tem se popularizado entre executivos, também se expande por micro e pequenos empresários.
Esse processo de parceria entre um "coach" e o cliente, no qual o segundo é estimulado a elaborar soluções e estratégias, ganha algumas nuances no mundo empresarial.
Em vez de planos de carreira, entram em cena projetos para sanar problemas financeiros do empreendimento, dar fim a disputas entre sócios ou organizar a sucessão da firma.
Não se trata de um consultor responsável por elaborar uma estratégia, mas de alguém que estimula o empresário a construir sua própria solução.
"É uma tendência que está começando no Brasil", destaca José Luis López Cortés, diretor-geral da Action Coach, rede que conta com 11 franqueados e está no país há três anos.
"O "coach" é a ponte entre a intenção e a ação", destaca. Segundo ele, o programa dura um ano, mas "91% deles continuam [com o serviço]".
Claudia Bittencourt, diretora-geral do Grupo Bittencourt, indica ainda mais uma possibilidade de aplicação da técnica: antes do nascimento da empresa. "É uma forma de entrar no negócio mais consciente", diz.
Num processo que dura de três meses a um ano, Bittencourt começa com uma avaliação do perfil do empreendedor. Depois, cabe a ele mapear áreas nas quais deseja investir.
Apesar de não ser um trabalho unicamente voltado a candidatos a franqueado, ela oferece pacote no qual o futuro empresário tem orientação para mapear seis franquias. O valor varia de R$ 6.000 a R$ 12 mil.
O empresário José Carlos Ortolani, 57, recorreu ao serviço de "coaching" quando saiu de uma sociedade em uma franquia. Teve o perfil mapeado e investigou as opções.
Escolheu abrir uma unidade da loja de moda Overboard. Nunca havia tido contato com essa área, lembra. "Era um tiro no escuro e, com o serviço, me senti mais seguro", assinala.

Mercado
Recente no Brasil, o trabalho de "coach" não é regulamentado. Não exige formação específica para atuar na área.
"[Essa] é a nossa grande preocupação", diz o presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Coaching), Vilella da Matta.
Na SBC, a certificação de "coach" de negócios é dada após treinamento de 240 horas. Bittencourt fez essa especialização no exterior. Na Action Coach, o profissional deve ter formação em áreas como administração ou ter sido empresário por quatro anos e fazer curso de dez dias. (RB)


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