São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007


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OURO NEGRO

Empresário deve se preparar antes

Cursos de gestão e cadastros ajudam quem pretende ingressar na cadeia do petróleo e gás

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora os requisitos para a participação na cadeia de petróleo, gás e energia do Estado de São Paulo ainda não tenham sido definidos, a capacitação das firmas, especialmente na área de gestão, é uma das ações tidas como prioritárias pelos organizadores do programa.
Para Leonardo Caio, 51, coordenador-executivo do curso de negócios ligados à cadeia de petróleo, gás e biocombustíveis, promovido pela FIA (Fundação Instituto de Administração), o aprimoramento abre portas tanto para a cadeia de petróleo como para a competitividade no mercado internacional.
"O empresário tem de estar preparado: deve atuar com preço competitivo, entregar no prazo estipulado e ter qualidade impecável", comenta.
Para o empresário Geraldo Antonio Brandalise, 47, diretor da Brasin Soluções Hidráulicas, que participa, no Rio Grande do Sul, do programa desde 2003, os cursos de gestão lhe renderam uma "nova perspectiva".
"Antes, nós éramos mais "chão de fábrica", não tínhamos muita noção do que era a administração propriamente dita."
Há quatro anos na cadeia, o porte da empresa passou de micro para médio, com um salto de 400% no faturamento. "Passamos de 8 para 28 funcionários, e o tamanho da fábrica foi de 400 m2 para 1.500 m2."

Registro difícil
Um fator que não é requisito, mas aumenta as chances de venda para a cadeia de petróleo são os cadastros na Petrobras e na Onip (organização de indústrias de petróleo e gás natural).
"Empresas cadastradas têm mais chance porque já passaram por uma avaliação prévia. Para fornecer boa parte de produtos e serviços, só são convidadas empresas cadastradas", diz Eliana Borges, do Sebrae.
Jorge Dobao, da Maemfe, que presta serviços de usinagem, faz parte da cadeia de petróleo carioca há quatro anos, mas critica a dificuldade de ser cadastrado pela Petrobras.
"Parece que é feito somente para as grandes empresas. Eu não entendo essa política, uma vez que tenho outros cadastros importantes como o da Onip e o da BR Distribuidora", reclama.
Luiz Moreira, do Prominp, rebate as críticas e afirma que a Petrobras prima pela "excelência da terceirização". (MCN)


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