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OURO NEGRO
Empresário deve se preparar antes
Cursos de gestão e cadastros ajudam quem pretende ingressar na cadeia do petróleo e gás
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora os requisitos para a
participação na cadeia de petróleo, gás e energia do Estado
de São Paulo ainda não tenham
sido definidos, a capacitação
das firmas, especialmente na
área de gestão, é uma das ações
tidas como prioritárias pelos
organizadores do programa.
Para Leonardo Caio, 51, coordenador-executivo do curso de
negócios ligados à cadeia de petróleo, gás e biocombustíveis,
promovido pela FIA (Fundação
Instituto de Administração),
o aprimoramento abre portas
tanto para a cadeia de petróleo
como para a competitividade
no mercado internacional.
"O empresário tem de estar
preparado: deve atuar com preço competitivo, entregar no
prazo estipulado e ter qualidade impecável", comenta.
Para o empresário Geraldo
Antonio Brandalise, 47, diretor
da Brasin Soluções Hidráulicas,
que participa, no Rio Grande do
Sul, do programa desde 2003,
os cursos de gestão lhe renderam uma "nova perspectiva".
"Antes, nós éramos mais
"chão de fábrica", não tínhamos
muita noção do que era a administração propriamente dita."
Há quatro anos na cadeia, o
porte da empresa passou de micro para médio, com um salto
de 400% no faturamento. "Passamos de 8 para 28 funcionários, e o tamanho da fábrica foi
de 400 m2 para 1.500 m2."
Registro difícil
Um fator que não é requisito,
mas aumenta as chances de
venda para a cadeia de petróleo
são os cadastros na Petrobras e
na Onip (organização de indústrias de petróleo e gás natural).
"Empresas cadastradas têm
mais chance porque já passaram por uma avaliação prévia.
Para fornecer boa parte de produtos e serviços, só são convidadas empresas cadastradas",
diz Eliana Borges, do Sebrae.
Jorge Dobao, da Maemfe,
que presta serviços de usinagem, faz parte da cadeia de petróleo carioca há quatro anos,
mas critica a dificuldade de ser
cadastrado pela Petrobras.
"Parece que é feito somente
para as grandes empresas. Eu
não entendo essa política, uma
vez que tenho outros cadastros
importantes como o da Onip e o
da BR Distribuidora", reclama.
Luiz Moreira, do Prominp,
rebate as críticas e afirma que a
Petrobras prima pela "excelência da terceirização".
(MCN)
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