São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010


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Dívida de cliente entra no plano

Para reduzir inadimplência, empresas adotam estratégias como premiar pagadores pontuais

DE SÃO PAULO

A inadimplência dos clientes também deve entrar no planejamento financeiro das empresas para que não haja rombos no caixa.
Daniel Miraglia, da Business School São Paulo, diz que o volume do faturamento a ser reservado para isso varia de acordo com o setor.
"De modo geral, prever que 10% do faturamento não será recebido é suficiente, mas em alguns segmentos pode-se chegar a 20%", diz.
Para reduzir essa taxa, uma solução é contratar uma empresa de análise de crédito. "Se não houver condições de custeá-la, uma opção é tentar contratar via órgão representante do setor", sugere Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios.
Outra saída é limitar o crédito cedido aos consumidores, como fez a marca de "surfwear" Overboard.
"Só liberamos o crediário após cadastro com apresentação de CPF e foto", explica o diretor João Luiz Perez, 44.

NADA DE CHEQUE
Na loja de óculos escuros Aloha Eyewear, Henrique Romano, 27, deixou de aceitar cheques há um ano. Até hoje ainda tem em mãos cheques que não recebeu.
Com a aceitação de pagamentos apenas em dinheiro ou cartões, a inadimplência caiu a quase zero.
Embora dê resultados, a restrição a cheques é mais difícil em alguns negócios, como escolas de idiomas. Assim, os empresários do setor recorrem à criatividade.
A rede Minds optou por premiar os bons pagadores, comenta a proprietária Leiza Oliveira. "Damos desconto em cursos e no material", explica. Deu certo: a taxa de inadimplência, que chegou a 24%, hoje é de 7%.
A Orthodontic Center também adotou essa estratégia. Fernando Massi, 36, sócio-diretor da empresa, conta que a rede de tratamentos dentários estabeleceu um programa de relacionamento que dá pontos aos pacientes de acordo com a pontualidade e premia aqueles que cumprem o contrato.


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