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Dívida de cliente entra no plano
Para reduzir inadimplência, empresas adotam estratégias como premiar pagadores pontuais
DE SÃO PAULO
A inadimplência dos clientes também deve entrar no
planejamento financeiro das
empresas para que não haja
rombos no caixa.
Daniel Miraglia, da Business School São Paulo, diz
que o volume do faturamento a ser reservado para isso
varia de acordo com o setor.
"De modo geral, prever
que 10% do faturamento não
será recebido é suficiente,
mas em alguns segmentos
pode-se chegar a 20%", diz.
Para reduzir essa taxa,
uma solução é contratar uma
empresa de análise de crédito. "Se não houver condições
de custeá-la, uma opção é
tentar contratar via órgão representante do setor", sugere Alcides Leite, professor de
economia da Trevisan Escola
de Negócios.
Outra saída é limitar o crédito cedido aos consumidores, como fez a marca de
"surfwear" Overboard.
"Só liberamos o crediário
após cadastro com apresentação de CPF e foto", explica
o diretor João Luiz Perez, 44.
NADA DE CHEQUE
Na loja de óculos escuros
Aloha Eyewear, Henrique
Romano, 27, deixou de aceitar cheques há um ano. Até
hoje ainda tem em mãos cheques que não recebeu.
Com a aceitação de pagamentos apenas em dinheiro
ou cartões, a inadimplência
caiu a quase zero.
Embora dê resultados, a
restrição a cheques é mais difícil em alguns negócios, como escolas de idiomas. Assim, os empresários do setor
recorrem à criatividade.
A rede Minds optou por
premiar os bons pagadores,
comenta a proprietária Leiza
Oliveira. "Damos desconto
em cursos e no material", explica. Deu certo: a taxa de
inadimplência, que chegou a
24%, hoje é de 7%.
A Orthodontic Center também adotou essa estratégia.
Fernando Massi, 36, sócio-diretor da empresa, conta que a
rede de tratamentos dentários estabeleceu um programa de relacionamento que
dá pontos aos pacientes de
acordo com a pontualidade e
premia aqueles que cumprem o contrato.
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