São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010


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LICENCIAMENTO

Marca lança bichinhos para jovens

Personagens da Withit chegam ao Brasil e já podem ser licenciados

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Personagens desenhados por designers gráficos apenas para estampar produtos -e não criados para o cinema ou a televisão- despontam como aposta para atrair o público pré-adolescente.
Nessa idade, em que não querem mais ser vistos como crianças, eles começam a rejeitar itens que têm desenhos de clássicos infantis.
Assim, surge espaço para o licenciamento para estampar em itens de papelaria e acessórios personagens como os "veteranos" macaco Julius -um dos mascotes da marca Paul Frank- e porquinhos Monokuro Boo, criados pelo designer San-X.
Essas imagens começam a ser exploradas também em confecções de roupas íntimas, de dormir e de passear.
Na semana passada, eles ganharam companhia. Brad Caines, criador da marca inglesa Withit, apresentou no Brasil 16 novos personagens -oito deles bastante populares na Inglaterra.
Os mais licenciados da grade são a vaidosa gata Glamour Puss, um casal de macacos que curte piadas e a vaca Mad Cow, cuja diversão é ficar de papo para o ar.
Eles também são licenciados por 60 empresas em países da Europa e do Oriente Médio e no México.
Caines disse que em breve apresentará uma turma de insetos e outra de animais marinhos para integrar o guarda-chuva da marca.
Os personagens da Withit já estão disponíveis no Brasil. Podem ser licenciados pelo agente ITC Licensing, que negocia o uso de um dos personagens ou da família toda.
A Jandaia foi a primeira parceira da marca: lançou uma linha de cadernos e fichários com o macaco, a vaca, a gata e o pinguim Cool. Eles chegam às papelarias em outubro e novembro.

SEGMENTADO
Glenn Migliaccio, executivo da ITC, conta que os desenhos se enquadram nas categorias de volta às aulas, vestuário, calçados e acessórios e cartões de expressão social.
"Os royalties são negociáveis de acordo com o volume de produção. Giram em torno de 10%", afirma.
Renata Vigna, 39, diretora comercial da Smart, que detém os direitos da marca Paul Frank no Brasil, conta que não é fácil agradar a esse público de 13 a 25 anos. "É preciso executar ações de marketing com o produto licenciado para não passar despercebido no pontos de vendas."
Ela conta que a primeira iniciativa de sucesso foi presentar famosos, que começaram a usar os produtos. Depois, fizeram ações em eventos de moda como o São Paulo Fashion Week.
"O "corner" no shopping Iguatemi, criado para propagar a marca, paga sua operação e dá lucro", diz Vigna.


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