São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010


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Exigências são entraves à expansão

Empresários criticam o limite de R$ 36 mil anuais de faturamento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de contarem com perspectivas de crescimento, empresários reclamam do limite de faturamento imposto pelo EI (Empreendedor Individual), de R$ 36 mil por ano, e das exigências em relação à tomada de microcrédito.
"É pouco, esse valor deveria ser o limite para o lucro, e não para o faturamento", assinala Eurico de Souza Medeiros, 53, proprietário da SOS Guarda-Sol, que faz manutenção de guarda-sóis no Rio de Janeiro, sobre o EI.
"Não identificamos essa reclamação", diz o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, que sugere solicitar mudanças se a dificuldade for detectada.
Em relação ao microcrédito, a insatisfação está ligada à forma de obtenção. As instituições determinam que o empréstimo seja feito em grupo. Todos são responsáveis pelo pagamento. "Se o outro deixa de pagar, tenho de cobrir", reclama a dona da loja de artesanato Féfi, Maricélia Ferraz Reis, 34.
O superintendente-executivo de microcrédito do Santander, Jeronimo Ramos, recomenda aos clientes se associarem a pessoas conhecidas, de confiança e idôneas.
Na opinião de Alberto Souza Silva, dono de uma casa de produtos típicos da região Norte, o fato de o empréstimo precisar ser pago no mês subsequente também atrapalha. "Às vezes, mal consigo fazer as vendas que planejei e já tenho de pagar [o empréstimo]. O prazo [de carência] deveria ser maior."


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